Análises
Ouvimos o álbum Resgate, um clássico na discografia do Resgate. Confira nossa crítica
Tiago Abreu em 23/12/15 3498 visualizações
Na década de 90, o mundo estava de olho no britpop. Mas as bandas de rock do segmento evangélico, com uma imensa dificuldade de assimilarem suas identidades musicais, insistiam no hard rock norte-americano oitentista. O Resgate, em seu quarto trabalho, foi o primeiro a encontrar seu caminho.
Resgate é o nome mais adequado que o álbum poderia ter. A partir dele, todo o som da banda se guiou e as influências britânicas deixaram de ser exceção para se tornar regra. Lançado em setembro de 1997, com produção musical de Paulo Anhaia, o projeto catapultou, também, o amadurecimento lírico do vocalista Zé Bruno, embora quase todas as composições sejam creditadas aos quatro integrantes.
On the Rock foi um disco forte e poderoso, mas Resgate traria uma fórmula completamente diferente. Se opondo às mensagens e regras superficiais do movimento gospel, o trabalho emerge através de Liberdade, com as guitarras e o singular timbre da bateria. Os dois instrumentos não se destacam somente. É a primeira vez, em toda a carreira da banda, em que os hammonds entram em ação. Terceiro Dia, eficiente e rápido rock britânico, é a canção mais alegre de um repertório extremamente sério, clara oposição ao que era comum no disco antecessor.
Pouco Importa e E Daí? parecem se complementar nos discursos. Enquanto uma valoriza a autoafirmação, a outra critica os olhares de julgamento alheio. Cadenciada, Antes aposta em um refrão inocente, mas que funciona. Além da faixa em inglês No One, o trabalho conclui com uma das faixas mais atípicas da banda, a introspectiva Em Todo o Lugar, marcada por seus riffs influenciados pelo blues e uma balada oculta que parece beber da fonte dos Beatles.
De 1997 em diante, o Resgate provou que poderia ser mais do que um grupo com canções pesadas e que variavam entre o humor ou a sisudez. Mais melódico, moderno e criativo, o projeto estabeleceria a maturidade dos quatro jovens paulistas, juntamente com seu produtor Paulo Anhaia, cujos trabalhos na cena nacional se tornaram cada vez mais numerosos e notáveis.
Resgate é o nome mais adequado que o álbum poderia ter. A partir dele, todo o som da banda se guiou e as influências britânicas deixaram de ser exceção para se tornar regra. Lançado em setembro de 1997, com produção musical de Paulo Anhaia, o projeto catapultou, também, o amadurecimento lírico do vocalista Zé Bruno, embora quase todas as composições sejam creditadas aos quatro integrantes.
On the Rock foi um disco forte e poderoso, mas Resgate traria uma fórmula completamente diferente. Se opondo às mensagens e regras superficiais do movimento gospel, o trabalho emerge através de Liberdade, com as guitarras e o singular timbre da bateria. Os dois instrumentos não se destacam somente. É a primeira vez, em toda a carreira da banda, em que os hammonds entram em ação. Terceiro Dia, eficiente e rápido rock britânico, é a canção mais alegre de um repertório extremamente sério, clara oposição ao que era comum no disco antecessor.
Pouco Importa e E Daí? parecem se complementar nos discursos. Enquanto uma valoriza a autoafirmação, a outra critica os olhares de julgamento alheio. Cadenciada, Antes aposta em um refrão inocente, mas que funciona. Além da faixa em inglês No One, o trabalho conclui com uma das faixas mais atípicas da banda, a introspectiva Em Todo o Lugar, marcada por seus riffs influenciados pelo blues e uma balada oculta que parece beber da fonte dos Beatles.
De 1997 em diante, o Resgate provou que poderia ser mais do que um grupo com canções pesadas e que variavam entre o humor ou a sisudez. Mais melódico, moderno e criativo, o projeto estabeleceria a maturidade dos quatro jovens paulistas, juntamente com seu produtor Paulo Anhaia, cujos trabalhos na cena nacional se tornaram cada vez mais numerosos e notáveis.
Ouças as músicas e saiba mais sobre: Resgate
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Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
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