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Confira nosso bate papo com Zé Bruno, vocalista e guitarrista do Resgate

Tiago Abreu em 10/10/15 4405 visualizações
Zé Bruno, vocalista e guitarrista do Resgate, é um dos nomes mais importantes do rock cristão brasileiro. Desde o fim dos anos 80, o Resgate está na ativa, com vários discos inéditos lançados, além de registros ao vivo e uma coletânea. A banda, este ano, lançou o disco 25 Anos, resenhado aqui no site.
 
Confira a nossa entrevista com Zé Bruno, com a colaboração de Tayse Souza, do portal O Propagador.
 
Foto: Douglas Pimentel. Licenciada em Creative Commons Atribuição 2.0.
 
2015 é um ano bastante importante para vocês. O disco 25 Anos foi lançado, reunindo sucessos, canções um pouco esquecidas da discografia de vocês, além de inéditas. Quais frutos vocês estão colhendo através desta obra?
 
Gostamos do resultado final, das imagens e do conceito geral do DVD. Foi feito com muito carinho. Estamos felizes pois a galera que curte a banda está gostando do repertório e arranjos. É gratificante ver gente que é tocada com o que temos feito.
 
Diga-nos um pouco acerca das três músicas inéditas, "Ninguém Vai Saber", "Luz" e "Ele".
 
Ninguém vai saber – Vejo gente hoje que diz que tem fé, mas não consegue crer em Deus. Gente que diz que crê que Deus pode livrá-la do deserto e não crê que Deus estará com ela no deserto. Crê que Deus pode lhe dar dinheiro, mas não crê que Deus pode supri-la, com ou sem dinheiro. É uma fé esquisita. Uma fé que não admite não ter controle, é o tipo de gente que não consegue confiar na vontade e no caráter de Deus, mas quer usar sua fé para controlar Deus. É uma doença. Não se pode controlar Deus. Nossa paz não reside no fato de controlarmos o que virá, mas reside no fato de que podemos descansar em Deus, mesmo não sabendo o que virá. Deus sabe. Paz, mesmo não tendo controle sobre o que virá. Deus tem. Isso basta. A canção é uma crítica, há uma parte da Igreja com uma fé doentia.
 
Luz – É um convite às pessoas para que deixem a luz de Deus entrar em suas vidas. Eu não quero ver o que quero ver, só quero ver o que a luz que é Cristo, iluminar.
 
Ele – É uma reflexão em Colossenses 3. Jesus é antes de tudo, sustentador de tudo. Ele é a razão de tudo e ele é tudo. Um reconhecimento de que nada somos. Tudo é dele, por ele e para ele.
 
O Resgate começou em 1989, em uma época de efervescência no rock cristão nacional. Certamente, vocês não previam que chegariam tão longe e com a formação praticamente inalterada. Olhando para trás, quais foram os momentos mais marcantes da carreira de vocês?
 
Foram muitos. Bons e ruins. Os ruins são bons, neles aprendemos. Os bons são ruins, neles estacionamos e atrofiamos.
É difícil falar, são 26 anos juntos. Acho que quando não esperamos nada além do que já temos e somos, tudo dá certo. Não começamos a banda pra alavancar uma carreira solo, nada contra quem a tem. Não começamos a banda esperando que acontecesse o sucesso, nada contra quem o tem. Não começamos a banda pra ficarmos ricos, não ficamos (risos), nada contra quem ficou. Não começamos a banda por motivo nenhum, a não ser tocar. Gostamos de tocar. Nos divertimos muito tocando. Ainda falamos de Deus, e ainda vendemos CDs!
Pra nós, a banda é o máximo! Já basta. Acho que não esperávamos nada, por isso não faz mal se nada acontecer. Vamos só tocar.
 
Apesar da obra do Resgate ser, em grande parte, produzida por músicos específicos (como Paulo Anhaia e Dudu Borges), cada álbum tem suas particularidades. Como foi reunir essa "linha do tempo" na coletânea Pretérito Imperfeito, mais que Perfeito, em 2011?
 
A produção foi diferente em cada álbum. O Paulo e o Dudu são dois caras geniais e diferentes. A produção muda, a roupa muda, mas a essência é a mesma. Quando colocamos as músicas juntas, soou como Resgate. E é interessante essa coisa meio “camaleônica”. É Resgate né.
 
Dentre os depoimentos feitos no encarte desta coletânea, vocês fazem comentários especiais aos álbuns On the Rock (1995) e Praise (2000), afirmando que este último citado foi um marco na carreira de vocês, assim como o Ainda não é o último (2010) será. Na sua visão, quais os elementos que os tornam estes trabalhos tão especiais?
 
Se eu soubesse faria sempre igual! 
Mas não sei. Há pessoas que dizem ter a fórmula da coisa, mas eu não tenho. Acho que são momentos especiais. Esses CDs têm repertórios especiais. Sabe quando você acerta? Então, nesses acertamos mais. Creio que seja um conjunto de fatores. Harmonia, melodia, letra, estilo, arranjo, momento de vida, teologia, graça, Deus, e um pouco de tentativa e erro.
 
Ainda sobre On the Rock, no novo registro ao vivo, a banda regravou "Doutores da Lei", sendo antecedida por um depoimento do baixista Marcelo, afirmando que a crítica contida nesta canção soa tão atual. Vocês acham que ainda demorará muito tempo para que nós, como cristãos, venhamos a aprender a priorizar o amor acima dos ritos religiosos e tradições?
 
Se vai demorar muito? Nunca vai acabar. Vai piorar. Vai até o fim.
Jesus disse que no final dos tempos o amor de quase todos se esfriaria, e viria o fim. Estamos na rota do fim. Veremos nação contra nação, e reino contra reino.
Você pode me perguntar: Zé, você está dizendo que as coisas vão piorar?
E eu respondo: Pior do que isso, a Bíblia está dizendo!
Se fosse minha opinião você poderia desconsiderar, mas como a Bíblia diz, é bom crer.
Nosso discurso é alertar gente de Deus. Em nós e entre nós, pelo menos, esse amor não deveria se esfriar.
 
Em 2011, em uma entrevista cedida aqui, no Super Gospel, o ex-integrante Dudu Borges afirmou que gostaria de estar mais próximo da banda, participando dos shows, algo que naquele momento não tinha muito tempo. Este foi o motivo da saída do tecladista? Como vocês avaliam estes dez anos com o Dudu, e como é o relacionamento de vocês com o músico hoje?
 
O período com o Dudu foi muito bom, criativo e produtivo. Ele é um cara especial. Não é à toa que está onde está. Trabalha sério e é diferente. Realmente foi triste pra nós e pra ele. Era impossível pra ele nos acompanhar e era ruim pra nós ficarmos na incerteza. Foi uma decisão dura pra todos. 
Gostamos muito dele, temos saudades daqueles tempos. Já nos encontramos várias vezes, e ele curtiu o 25 Anos.
Ainda vamos fazer algo juntos de novo. Tudo é questão do tempo, agenda. Mas quem sabe ainda não pinta um CD com a assinatura DB? Já falamos disso. Acho que vai rolar.
 
Durante um certo período na carreira de vocês, por diversas questões, vocês escreveram músicas que, nos dias de hoje, não representam muito a fé que vivem. O mais interessante disso é que a banda soa muito tranquila para admitir isso. Dentre essas músicas, há alguma que o público costuma pedir nos shows? Como vocês contornam a situação?
 
Tocamos um trechinho... (risos).
Na verdade, mesmo quando vivíamos no movimento neopentecostal, nunca tivemos uma letra triunfalista. Sempre falamos da vida com Deus. As músicas “A gente” e “A resposta”, são duas que hoje não faríamos. Há uma certa pitada de autoafirmação, e triunfalismo. Não gostamos disso mais. Somos sinceros em admitir. Mudamos. 
Num gostô, péga nóis... (risos)
 
Com a saída de Dudu, vocês voltaram a trabalhar com Paulo Anhaia, cujo músico não produzia vocês desde 2002. A sonoridade mais crua do disco, lembrando registros como o On the Rock, se deve a influência do produtor?
 
Sem dúvida.
Este Lado para Cima tem uma sonoridade mais Rock. O Paulo é responsável por isso. Ele é genial, conhece muito, trabalhou com muitas bandas do cenário rock nacional, é fluente no assunto. Somos amigos, e no estúdio, além de produzir, ele funciona como quinto elemento numa boa. Toca, canta com a gente, dá ideias, participa dos arranjos...
Ficamos muito à vontade com ele pilotando a gravação, isso é importante.
 
Na época em que surgiram, várias bandas já estavam na ativa. O primeiro show de vocês foi abrindo uma apresentação do Rebanhão (que anunciou retorno as atividades ano passado). Na Gospel Records, também tinham várias outras bandas de rock, como o Oficina G3, Fruto Sagrado e o Katsbarnea, ainda nos tempos de Brother Simion. Existia muita interação entre estes grupos?
 
Sim. Éramos muito próximos.  Ainda somos quando nos encontramos. Às vezes encontramos o Brother pela estrada, continua o mesmo cara.  Encontramos a galera do Oficina direto, nos vimos de novo na Expo Music 2015, somos amigos. 
No Este Lado para Cima, o Juninho Afram tocou guitarra conosco em “Eles Precisam Saber”. Ficou demais! O Juninho manda muito! A gravação não pôde sair, pois a gravadora deles não liberou a participação dele no CD de outra gravadora. Uma pena. Eu e o Mito refizemos a parte dele. 
Há muito tempo que não vejo a galera do Fruto Sagrado. Marcão, Bênlio, Flávio...
As letras do Fruto são demais, até hoje sinto que há uma lacuna. Ninguém faz o que eles faziam. Não conheço a nova formação, parece ser bem legal, quando digo saudades, é daqueles caras.
 
Liricamente, Este Lado para Cima é um álbum mais "ácido". Na época, você publicou um texto irônico, "Quero ganhar o Troféu Promessas", e em seguida "O pulso", parodiando o clássico dos Titãs lá dos tempos de õ Blésq Blom. Em 2013, a entrevista cedida pela banda durante a FIC ao programa Gospel Clip foi notícia na imprensa evangélica. É correto afirmar que Este Lado para Cima é, de certa forma, uma narrativa de protesto acerca da decadência do movimento evangélico? Como surgiu a música "Eles Precisam Saber"?
 
Este Lado para Cima é apologético. 
Penso que se não nos olharmos no espelho com a capacidade de encarar posturas ridículas que temos tomado, seremos tidos como imaturos. Seremos tidos como infantes mexendo com coisa séria. Quem está de fora vê. Não podemos fechar os olhos.
Muita gente falou que escrevi o que escrevi por inveja. Poxa vida, dormi na pia uma semana por não ter ganho o Troféu Promessas... (risos)
Outros acharam que era direcionado a um grupo musical ou a um artista específico. Uma pena que nosso senso crítico ainda seja tão inconsistente. Nossa espiritualidade é discutida no Facebook. Ainda tem gente comercializando o sagrado e não a arte. Gente que acha que corre, mas ainda não sabe andar. Já sei que vão dizer um monte desta entrevista... (risos)
Tudo bem. Quer falar mal de mim? Pega a senha e entra na fila... (risos)
“Eles Precisam Saber” surgiu de um vídeo do irmão André, de Portas Abertas. No aniversário na declaração dos direitos humanos ele fez um pronunciamento sobre um direito que todo ser humano tem – o direito de ouvir a verdade do evangelho. A Missão Portas Abertas trabalha com a Igreja perseguida ao redor do mundo. 
O vídeo me inspirou, pensei em tanta gente que tem o direito de ouvir a verdade. Essa gente têm o direito de ouvir que Deus nos abençoa pela sua graça, e não pelo dinheiro que damos na Igreja. Eles têm o direito de saber que podem pensar, que podem questionar, pois eles têm a mente de Cristo. Ninguém tem o direito de escravizá-los. Ninguém tem o direito que cobrar algo deles prometendo dar a eles o que Deus já lhes deu de graça, pela graça. Eles têm o direito de conhecer o evangelho de Jesus, não o que vêm na TV, a venda de indulgências, o comércio de milagres, a venda de badulaques ungidos, campanhas pra isso e aquilo...
Meu Deus! Já acreditei nisso! Tem misericórdia de mim!
Gente! Alguém precisa falar! Alguém precisa dizer! Alguém precisa pregar!
Eles precisam saber!
Eles precisam saber que Cristo os libertou da maldição da Lei.
Eles precisam saber que são cobertos pelo sangue do cordeiro, e não pelos gurus e lobos em pele de cordeiro.
Eles precisam ver o céu, precisam ver a cruz, símbolo esquecido nos dias de hoje.
Precisam confessar o nome de Cristo.
Vemos hoje um cristianismo sem Cristo. Misturaram judaísmo com adivinhação, um pouco de ditadura espiritual com materialismo, e mais o apostolado com o Novo Testamento posto de lado. Tudo bem temperado com versículos extraídos da Bíblia e uma dose de emoção.
Só faltou a graça. Faltou tudo.
O mundo tem o direito de conhecer Cristo.
Eles precisam saber.
  
O selo gospel da Sony Music Brasil, ao que parece, tem dado um grande apoio a artistas do rock cristão nacional, como vocês, o cantor Carlinhos Felix e a banda de rock alternativo Tanlan, mesmo sendo um gênero comercialmente pouco favorável frente a outros estilos. Como tem sido este tempo nesta gravadora?
 
Muito bom. Podemos ser o que somos. Isso é legal. Temos liberdade e apoio. O Maurício Soares tem sido um parceiro e tanto, isso é muito legal, e toda a gravadora também.
O rock nunca foi um estilo de muita projeção no Brasil. Como dizia Rita Lee: “Roqueiro brasileiro sempre teve cara de bandido” (risos).
O rock é contestador.
Mas tem uma galera que curte. Então, vamos em frente... valeu Sony Music.
 
O Resgate tem investido bastante nas redes sociais. Apostando na interação com o público, vocês já fizeram campanha com montagens de trechos de suas músicas e, em 2014, lançaram a campanha dos 25 anos. Como resultado, o número de inscritos sobe vertiginosamente. Qual visão vocês tem sobre a internet e o impacto da rede na carreira de vocês?
 
A internet é o ambiente do mundo, todos estão lá. Temos postado trechos de músicas, frases que são importantes, que condensam pensamentos e ideias que transmitimos em nossas canções. Acho que gente que nunca tinha ouvido Resgate, vê as frases e passa a conhecer a banda pelo que temos falado, antes de conhecer nosso som.
Que bom! Esse é o fim de tudo, ser ouvido. 
Temos algo a dizer. 
Há um pensamento, uma reflexão atrás de cada letra. A música é entretenimento, é arte, e é veículo. Fazemos tudo pra que as pessoas ouçam a mensagem. Se o número de inscritos cresce, legal. Vamos falar pra mais gente. Não estamos inscritos no campeonato de quem tem mais seguidores nas redes sociais... (risos). Que bom que tem mais gente lendo o que postamos. Se não fosse por isso, não serviria pra nada.
 
Na última gravação vocês tocaram "All Need's Love", dos Beatles. Vocês já tocaram, várias vezes, "Another Brick in the Wall - part 2" do Pink Floyd em "Atirei o Pau no Gato", uma versão muito divulgada pelo cantor Falcão. Hamilton disse que o Queen foi a primeira banda que ele ouviu, enquanto o ex-membro Dudu Borges já disse que The Miracle é um dos seus discos favoritos. Como conjunto, quais bandas influenciam o som do Resgate? E na sua visão particular, quais são os dez discos de rock da sua vida?
 
Bem, nós não só tocamos, nós gravamos “All You Need Is Love”, achei que seria impossível, mas a editora dos Beatles nos deu liberação pra gravarmos, ficamos felizes com isso (contraponto). A mensagem da música é incrível, deveria ser cantada em nossas celebrações, temos tudo que o mundo precisa, amor, e Deus tem tudo que precisamos, ele é amor. Quanto ao “Atirei o Pau no Gato”, vale uma correção, não é uma versão do Falcão. No início dos anos 80, numa série de programas cômicos da Rádio Jovem Pan em São Paulo, essa versão era tocada, eu achava o máximo, sou fã do bom humor. Tem bastante humor nas músicas do Resgate.
Quanto aos dez discos de rock da minha vida... Puxa, dez é pouco... Vou tentar.
Vou indicar alguns, que na minha opinião, todo roqueiro “véio” deveria ouvir.
 
The Beatles – OUÇA TODOS
Elvis Costello – OUÇA TODOS
Face Dances – The Who
Burn – Deep Purple
Aerosmith – Tudo que encontrar
Tatoo You – Rolling Stones
The Final Cut – Pink Floyd
The Wall – Pink Floyd
Reprise – Crosby, Stills, Nash and Young
Going for the one – Yes
Brain Salad Surgery – Emerson, Lake and Palmer
 
Vale a pena lembrar dos irmãos de fé:
 
Petra – Not of this world
Bride – Todos
PFR – Todos
Michael W. Smith – Todos (meu lado pop)
Galactic cowboys - Let it go
King’s X – Vários deles, sei lá, tudo.
 
Tudo coisa antiga, da minha época. Precisaria falar dos cem melhores pra caber tudo. Fora o rock nacional, MPB, instrumental, etc, etc, etc... (risos).
 
O Super Gospel agradece a entrevista cedida. Deixe algum recado aos nossos leitores.
Cara! Se os teus olhos forem bons, todo teu corpo será luz, mas se os teus olhos forem trevas... que grandes trevas serão. O problema não são as coisas que vemos, o problema é como temos visto as coisas. Se examinarmos tudo, poderemos reter o que é bom. Tem coisa fora que faz sentido dentro, e tem coisa dentro que não faz sentido em lugar nenhum. O cristianismo é uma visão de mundo. Quando você olhar o mundo e a humanidade, que o mundo e a humanidade se sintam vistos pelos os olhos de Cristo. Tudo que você fizer baseado na verdade do evangelho, vai fazer sentido para quem está no mundo, e em qualquer lugar do mundo, onde você encontrar alguma coisa que remeta ao evangelho, vai fazer sentido pra você. Cuidado com os reis, nós já temos um, precisamos apenas anunciar o reino.
 
(Obrigado Super Gospel pelas perguntas, fico cansado de responder as mesmas coisas que já estão escritas em nosso release. É legal responder perguntas mais inteligentes, que me dão espaço pra falar o que penso... ôpa, logo existo!)
 
 

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Tiago Abreu

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.


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