Análises

Promessas e Milagres, o trabalho acústico da Batista Nova Jerusalém

Roberto Azevedo em 11/02/08 26292 visualizações
Como muitos ministérios do louvor brasileiros, o Ministério Nova Jerusalém surgiu dos cultos da igreja local e assim como a maioria dos ministérios de louvor, eles também tinham o sonho de mostrar para o mundo o que Deus estava fazendo através das suas canções.

No caso do Ministério Nova Jerusalém, o celeiro de músicas tem sido a Igreja Batista Nova Jerusalém, do bairro de Sampaio, no Rio de Janeiro. No entanto, o que diferencia esse ministério carioca de muitos outros é o sucesso prematuro. Com apenas três anos de estrada ele foi indicado ao Grammy Latino 2004 na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa.

O grupo concorreu com o terceiro álbum do ministério, Discípulos teus, lançado pela MK Music. Eles não levaram o troféu, que foi para a ex-colega de gravadora Aline Barros, mas trouxeram na mala uma experiência e tanto.

Com a confiança fortalecida e mais de 500 mil cópias vendidas, hoje o Ministério voa solo. Desde 2006 o grupo decidiu se desvincular da gravadora MK Music. “A opção de estar independente foi nossa, em obediência ao direcionamento de Deus”, explica o líder do ministério, Samuel Silva, que divide a direção com a esposa Denise Gonçalves. “Mas essa independência é só de gravadoras, somos totalmente dependente de Deus”, salienta a dupla.

Firmados na promessa divina, o grupo — formado por mais de 30 integrantes que se revezam nas apresentações — gravou o quinto álbum da carreira e o primeiro independente, Gerados para adorar, que foi lançado no final de 2006. A gravação contou com a participação de amigos do ministério, como os músicos Adhemar de Campos e Fernandinho.

Durante a ExpoCristã de 2007 lançaram seu segundo trabalho independente, denominado Promessas e milagres – acústico. O álbum foi gravado ao vivo no templo da Igreja Batista Nova Jerusalém em maio de 2008 e está sendo distribuído pela gravadora “Missão e vida”.

O disco tem início com Israel de Deus que versa sobre confiança fazendo alusão a diversas situações bíblicas com relação a uma série de chavões evangélicos. “O mar vermelho Ele abriu, o gigante já derrubou no chão, a minha benção eu já posso ver, meu milagre está pra chegar”.

Dando seqüência a levada festiva do hino anterior ouvimos Vou te adorar. A canção também seque a idéia lírica do louvor anterior. “Como Abraão eu vou te adorar, como Isaque eu vou me entregar Tua provisão, posso ver Tua mão. Minha adoração olha meu Deus meu coração”.

Corro pra Ti possui uma letra curta, mas uma melodia bonita. É uma oração de contrição e entrega. Licks e riffs de uma guitarra semi-acústica dão um toque a mais no arranjo que traz diversas nuances de dinâmica.

A faixa seguinte é um clamor cantado em primeira pessoa (como se fosse Deus falando). Volta Israel, Volta Brasil traz um belo arranjo de cordas. No início é conduzida por um violão de aço. Do meio pro fim tem uma mudança de clima que deixou a canção com uma pegada interessante.

Nada vai me separar é um dos melhores momentos do disco. A canção versa sobre um dos temas abordados pelo apóstolo Paulo em Romanos 8. “Nada vai me separar do Teu amor. Nem angústia, nem espada, nem perigo,...”. A ministração no final realizada por Samuel é feita sob um momento jazzístico conduzido pelo piano. Pena que a idéia não foi melhor explorada.

Uma levada pop-soul é a base para Terra boa. Destaque para o swing da guitarra e para pegada “bluesística” do piano. A idéia lírica é a mesma do inicio do repertório. “Jericó está em nossas mãos. As muralhas Deus derrubou no chão. O inimigo foi posto pra correr. É o tempo de viver para Deus”.

Vencer mantém o clima pop soul. O naipe de metais que já tinha aparecido no hino anterior fazem uma diferença nesta faixa. “Sião não temas, vergonha nunca mais. É o momento de firmar estacas porque transbordarás e confundida não serás”.

Neste ponto já dá pra afirmar que de certa forma o tema central do disco gira em torno de alusões a saga dos hebreus narradas no Antigo Testamento e de certa forma trazendo isso para nossos dias.

Comentários a parte, chegamos a um momento mais contemplativo do álbum. Abre os meus olhos começa piano, voz e naipe de cordas. O hino versa sobre mudança de sorte. “Só consigo ver provações. Estende Tuas mãos pra me livrar. Como Elizeu abre meus olhos pra que eu possa ver o sobrenatural”.

Levando em consideração meu comentário realizado antes, Livres de Deus leva o repertório para o momento em que os israelitas foram libertos do cativeiro e retornaram para suas Terras, eventos narrados nos livros históricos de Esdras, Neemias e Ester. “Andando e chorando Deus me vê. Hoje estou liberto em casa, pois grandes coisas o Senhor fez por nós. O cativeiro não verei mais”.

Quero enxergar é outra oração de contrição e entrega. Agradecer versa sobre gratidão. Vem em ritmo de balada e é guiada pelo violão.

O repertório termina com uma mensagem de confiança em um ritmo bem festivo. Teu vento traz também muito sopro e muita guitarra com power chords e distorção.

Para 2008, além da divulgação do novo trabalho, planejam a realização do 2º Encontro Profético Gerados para Adorar, que é um seminário que conta com a participação de outros ministérios e que ao final se transforma em um CD. A previsão é para setembro de 2008.

Maiores informações: www.ministerionovajerusalem.com.br.
Promessas e Milagres – Acústico

(CD) 02/08


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Roberto Azevedo

Editor-chefe do portal SuperGospel desde 2005, assessor de imprensa da cantora Marcela Taís desde 2012 e sócio da agência 2RA que hoje já conta com mais de 100 lançamentos nas plataformas digitais. Ainda exerce a função de Logística na MM7 Comunica, na AS Records, na Labidad Produções e na gravadora Futura Music (sediada na Bélgica) representando a empresa no Brasil.


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