Análises
Ouvimos o novo álbum de Cassiane - Nível do Céu. Confira nossa análise
Gledeson Frankly em 11/06/18 2960 visualizações
Nível do Céu é um disco completamente redondo, unindo letras bem trabalhadas, belas melodias e uma produção primorosa. É incrível como o repertório, escolhido pela cantora, apresenta resultados impressionantes com o desenvolvimento dos arranjos esmerados de Jairinho. A faixa-título, com levada pop marcada por cordas eletrizantes com algumas pausas dramáticas, é uma canção com uma narrativa batida, já vista em muitas letras do gênero. Entretanto, o andamento rápido do instrumental e o bom desempenho de Cassiane fazem com que a música não fique no lugar comum.
A audição da densa e climática O Leão e o Cordeiro permite relembrar algumas canções do importante A Cura (2003), como "Tremendo e Santo" e "Sinfonia de Louvor". De maneira extremamente pretensiosa, evidencia todo o talento da fluminense em interpretar músicas cristocêntricas com um lirismo complexo e, ao mesmo tempo, de identificação imediata. Os metais e sax de Marcos Bonfim finalizam com pompa e circunstância. Oração de Verdade e Quando Você Me Adora são faixas que começam com um teor introspectivo seguido por picos calorosos de uma atmosfera congregacional no andamento, um som protagonizado predominantemente pela guitarra de Henrique Garcia, bateria de Sidão Pires e pelos efeitos e sintetizadores executados por André Lopes.
O aspecto narrativo inexistente em Arma Secreta, escolhida erroneamente como single, prejudica a uniformidade do que foi apresentado até então. A canção mais fraca do disco faz referência a história de Davi e utiliza-se disso da forma mais genérica possível, sobretudo no refrão ínfimo com os versos “Eu tenho Deus, eu tenho Deus / A minha arma secreta pra vencer é meu Deus”. A sequência O Céu Vai Revelar, Até Teus Braços, Deixa o Céu Descer, Lugar da Tua Presença e Viveu Por Me Amar trazem Cassiane de volta a atmosfera congregacional apresentada no início do álbum. Nestas faixas, os teclados, samples e loops de André Lopes e as cordas conduzidas por Aramis Rocha, roubam a cena.
De fato, Nível do Céu confirma a retomada na tradição de bons discos da cantora fluminense. No coerente e uniforme Eternamente (2015) já era possível enxergar os flertes de Cassiane e seu marido Jairinho Manhães com uma sonoridade de banda, mais ao pop rock do que os antecessores, algo reforçado nas regravações do mais recente Live Session (2017). Logo, grande parte do público da cantora estava com a expectativa nas alturas para o próximo álbum. Muitos se questionavam: Afinal, Cassiane conseguiria ou não retornar a sua época de ouro? E, depois de dois anos, o "sim" parece ser a resposta perfeita para uma nova ascensão da artista.
Avaliação: 4/5
A audição da densa e climática O Leão e o Cordeiro permite relembrar algumas canções do importante A Cura (2003), como "Tremendo e Santo" e "Sinfonia de Louvor". De maneira extremamente pretensiosa, evidencia todo o talento da fluminense em interpretar músicas cristocêntricas com um lirismo complexo e, ao mesmo tempo, de identificação imediata. Os metais e sax de Marcos Bonfim finalizam com pompa e circunstância. Oração de Verdade e Quando Você Me Adora são faixas que começam com um teor introspectivo seguido por picos calorosos de uma atmosfera congregacional no andamento, um som protagonizado predominantemente pela guitarra de Henrique Garcia, bateria de Sidão Pires e pelos efeitos e sintetizadores executados por André Lopes.
O aspecto narrativo inexistente em Arma Secreta, escolhida erroneamente como single, prejudica a uniformidade do que foi apresentado até então. A canção mais fraca do disco faz referência a história de Davi e utiliza-se disso da forma mais genérica possível, sobretudo no refrão ínfimo com os versos “Eu tenho Deus, eu tenho Deus / A minha arma secreta pra vencer é meu Deus”. A sequência O Céu Vai Revelar, Até Teus Braços, Deixa o Céu Descer, Lugar da Tua Presença e Viveu Por Me Amar trazem Cassiane de volta a atmosfera congregacional apresentada no início do álbum. Nestas faixas, os teclados, samples e loops de André Lopes e as cordas conduzidas por Aramis Rocha, roubam a cena.
De fato, Nível do Céu confirma a retomada na tradição de bons discos da cantora fluminense. No coerente e uniforme Eternamente (2015) já era possível enxergar os flertes de Cassiane e seu marido Jairinho Manhães com uma sonoridade de banda, mais ao pop rock do que os antecessores, algo reforçado nas regravações do mais recente Live Session (2017). Logo, grande parte do público da cantora estava com a expectativa nas alturas para o próximo álbum. Muitos se questionavam: Afinal, Cassiane conseguiria ou não retornar a sua época de ouro? E, depois de dois anos, o "sim" parece ser a resposta perfeita para uma nova ascensão da artista.
Avaliação: 4/5
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Gledeson Frankly
Paulista, cristão e acadêmico em administração pela UNIFESP. Escreve para o Super Gospel desde 2017.
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