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Confira o review de Until The Whole World Hears do Casting Crowns

Roberto Azevedo em 02/03/11 5267 visualizações
O Casting Crowns foi criado pelo pastor de jovens Mark Hall (que também é o vocalista e líder) para atuar como ministério universitário. Eles gravavam CD's "caseiros" para divulgar a mensagem do evangelho aos estudantes. A banda se apresentava em um grupo de jovens em Atlanta antes de ser descoberta pela lenda da música cristã contemporânea Steven Curtis Chapman.

Conseguiram um contrato de gravação e popularizaram-se em 2003 com músicas como “If We Are the Body”, “Who Am I” e “Voice of Truth”.

São uma das bandas mais cogitadas do momento e venceram o Prêmio Dove 2010, na categoria “Melhor Banda de 2010”.

Possuem uma careira consolidada de mais de 6 anos e 4 milhões e meio de cds vendidos. Receberam vários prêmios Dove Awards, Grammy e Americam Music Award e já emplacaram 8 singles nas paradas, no entanto, continuam focados no discipulado através da música, cuidando de uma rede de aproximadamente 400 jovens e suas famílias.

Until the Whole World Hears foi lançado no mercado internacional no final de 2009. No Brasil foi lançado em 2010 e foi um dos primeiros produtos internacionais inéditos a ser distribuído pelo selo gospel da Sony.

Apesar de não ser um lançamento recente, reservamos aqui um espaço para comentarmos este que é o nono lançamento da banda.

A gravação inicia com a faixa título que foi o primeiro single do álbum. Until the whole world hears é disparado a melhor música do cd. A melodia é muito boa, o coro é empolgante e a guitarra conduz o hit com riffs cativantes.

If We’ve Never Needed You é uma oração de contrição e súplica. Possui a "forma" que vem sendo explorada pelo grupo desde os discos anteriores. O forma do arranjo constitui-se de uma base para Mark Hall e aos poucos o instrumental vai crescendo até culminar no refrão.

A "forma" do arranjo se repete em Always Enough. Esse louvor e a faixa título foram gravados aqui no Brasil pelo Ministério Além do Véu no seu terceiro disco - "Marcado com Sangue".

Na faixa quatro, o hino tradicional Joyful, Joyful compõe o repertório com uma sonoridade bem contemporânea. Destaque pra pegada pop-rock e para o naipe de cordas que empolga desde a introdução. Um dos melhores momentos do álbum. Somzeira!

At Your Feet e Glorious Day são mais dois hinos que seguem a "forma": Base e voz na intro + instrumentos crescendo a dinâmica da música aos poucos + clímax do arranjo no refrão.

Outro bom momento do set list é encontrado na sétima faixa. Holy One é um pop-rock maduro, com uma roupagem moderna, quebrando um pouco a homogeneidade do repertório. Destaque pra guitarra que volta a ficar “na frente” da mixagem e pro refrão que é de fácil assimilação. Excelente!!!

To know you possui uma levada envolvente. O hino é conduzido por riffs de guitarra bem timbrados e bem encaixados no arranjo. Destaque para o refrão que é o mais “grudento” de todos.

Megan Garret marca presença na interpretação de Mercy, que disserta sobre misericórida. A canção possui uma melodia suave, muito boa de se ouvir.

A seguir temos um momento interessante. Jesus Hold Me Now possui versos que foram extraídos da canção “The prodigal”, penúltima faixa do cd “Lifesong”. A diferença esta nas mudanças realizadas no coro e na melodia.

Melodee DeVevo marca presença na interpretação de Blessed Redeemer, que é outra canção suave, muito boa de se ouvir. Destaque para a cobertura de cordas.

A gravação termina de forma meio que inesperada. Shadow Of Your Wings é um rock com uma pegada diferente de tudo que o Casting gravou até hoje. Destoa do repertório e soa como se fosse uma faixa-bônus.

Until the Whole World Hears compõe a discografia do Casting, mas deixa um pouco a desejar em relação aos seus trabalhos anteriores. Until... é um álbum homogêneo e em certos momentos, a "forma" faz ele soar homogêneo demais, de certa maneira, até um pouco repetitivo.

Lembrando que quando digo a "forma", faço menção ao formato "base e voz na intro + instrumentos crescendo a dinâmica da música aos poucos + clímax do arranjo no refrão" usado para interpretar a maior parte das canções.

Pra terminar, deixamos aqui uma curiosidade: Mark Hall, líder e vocalista da banda, possui uma doença chamada dislexia (distúrbio de memória que impacta a aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração). Mesmo assim, ele conseguiu estudar música, e hoje compõe boa parte das canções da banda.
Until The Whole World Hears

(CD) 06/10


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Roberto Azevedo

Editor-chefe do portal SuperGospel desde 2005, assessor de imprensa da cantora Marcela Taís desde 2012 e sócio da agência 2RA que hoje já conta com mais de 100 lançamentos nas plataformas digitais. Ainda exerce a função de Logística na MM7 Comunica, na AS Records, na Labidad Produções e na gravadora Futura Music (sediada na Bélgica) representando a empresa no Brasil.


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