Análises

Ouvimos o novo EP de Deise Jacinto - Pode Voar. Confira nossa análise

Tiago Abreu em 25/06/18 1819 visualizações
Depois que Deise Jacinto mergulhou em canções folk em Final Feliz (2014) e fez de sua voz suave fio condutor de um trabalho fortemente autoral, ainda levaram-se dois anos para que seu CD começasse a se tornar conhecido entre o grande público. Depois de tanto tempo, a intérprete encontra em Pode Voar, lançado nesta última sexta-feira, uma sequela de sua estabelecida identidade. O trabalho mantém o teor existencial e melancólico de músicas do álbum de estreia, mas também molha com a solar e radiofônica Cachoeira que, de certa forma, não possui a profundidade lírica do restante do repertório. Apesar da desconexão inicial, o EP possui boas canções. Neste caso, Incendeia e Pode Voar vão mais fundo e clamam pela liberdade, da mesma forma que Herança se afinca pela busca de sentido humano. São canções que sugerem uma mutação estética tanto do ponto de vista do eu lírico, quanto do trabalho de Deise. A produção é, novamente, minimalista, baseada nos dedilhados do violão, mas densa quando pede, por meio de piano, cordas e elementos percussivos. Pode Voar é tudo o que Jacinto costuma oferecer, com inclusão de uma camada mais introspectiva em comparação a seu registro antecessor.

Avaliação: 3/5
Pode Voar

(CD) 01/18


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Tiago Abreu

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.


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