Análises

The Mission Bell (Delirious?)

Redação em 18/06/07 6445 visualizações
Dizem que as boas bandas são como vinho, quanto mais velho melhor, e apesar de o Delirious ser uma banda relativamente nova, pouco mais de 8 anos, essa premissa também é válida para eles.

Em The Mission Bell, o nono CD desse quinteto britânico que chega ao Brasil distribuído pelo Ministério Joyce Meyer em parceria com a Furious, o que podemos ver e ouvir é um misto de qualidade e unção embalados por uma sonoridade pop contemporânea bem moderna e ao estilo pop rock britânico sendo talvez a marca principal que distingue o Delirious no cenário gospel atual das demais bandas e o torna referencia no mercado do gospel music.

Abrindo esse álbum temos Stronger (mais forte - tradução literal), uma balada alegre que começa com um leve violão em que a voz de Martin Smith surge quase que intempestivamente, cantando dentre outras coisas, a intensidade do amor de Deus e a beleza de sua “invasão”em nossas almas.A música termina repetindo a frase I love you ao som de um coral (ou será um back vocal bem estruturado?) e retorna com a voz de Martin tendo ao fundo um teclado e um violão bem sugestivo, que já havia aparecido no começo.

A seguir vem Now is the Time. Com uma sonoridade bem diferente da música anterior, com um som mais pesado e uma batida mais “elétrica” essa música é realmente um devaneio . O som da guitarra de Stu G diz que ela promete. E Martin começa: “os ventos estão soprando novamente... e assim nós temos que seguir.... nós podemos mudar o amanhã...... agora é o tempo para nós brilharmos.....brilharmos como a face divina de Cristo ......agora é o tempo”. Realmente um som e tanto.

Depois vem Solid rock com um baixo introdutório agradabilíssimo seguido também por All this time que para mim é uma das músicas mais interessantes do álbum; não apenas por lembrar bastante o U2, mas também pela forma que a música foi conduzida revelando um extremo apuro musical e uma sincronia perfeita entre arranjos de guitarra e o bem conduzido teclado de Tim Japp, além da bateria suave de Stew Smith.

A seguir, uma preciosidade: Miracle Maker, uma das músicas mais intimistas e profundas do CD, além de ser também uma faixa de adoração e que fez muito sucesso aqui, nos shows que o Delirious realizou no ano passado aqui no Brasil.

Passamos por Here I am send me e Fires Burn; essa última, pra mim retoma bastante a sonoridade do U2 encontrada também em All this time e com um precedente: ela tem mais espaço para os teclados e a voz de Martin não decepciona nunca!

Depois vem Our God Reigns (Nosso Deus Reina), talvez um clássico do Delirious depois de Deeper, Majesty e History Maker e chegamos a Loves a Miracle também com um coro ou back vocal forte no refrão; e deparamos com uma das músicas mais pesadas e bem elaboradas do CD: Paint The Town Red um rock prodigioso com bastante guitarras e um peso irresistível .Uma curiosidade:essa musica é a única que cita o tema do Cd em sua letra ( The Mission Bell) já que no álbum todo não há uma música com esse nome

O Cd termina então com Take off my shoes música que também aparece na abertura da faixa interativa e finaliza com I´ll See You, música introspectiva bem ao estilo “deliriante” que inclui ainda um belo vocal com Moya Brennan da Beo Records. Vale ressaltar também a capa do CD muito bem elaborada e com forte conotação artística, lembrando uma tela de algum pintor abstracionista contemporâneo.
The Mission Bell

(CD) 01/05


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