Confira o review de Casa de Davi, Casa de oração, um clássico na discografia de Kleber Lucas. Veja nossa opinião

Casa de Davi, casa de oração é o sexto álbum inédito da carreira de Kleber Lucas, produzido por Kleber e lançado no ano de 2005. Com a assinatura da consagrada MK Music, o álbum é composto de 15 canções, sendo que 8 delas são de autoria do próprio, enquanto as outras 7 reúnem grandes artistas, como David Quinlan, Emerson Pinheiro, Alda Célia, Léa Mendonça, Pr. Genésio e Val Martins. Mais uma vez vemos um CD com algumas canções gravadas em estúdio e outras ao vivo.

A grande produção deste CD traz canções que mesclam o seu grande talento para o louvor e adoração, com várias pitadas de pop music. Além disso, ainda temos a excepcional participação de um coral, formado por 75 vozes de várias igrejas, gravadas no estúdio de Kleber, na Barra da Tijuca. Na época do lançamento, ele disse sobre o CD: “Foi um trabalho árduo reunirmos tantas pessoas de diferentes denominações, porém sobrenaturalmente dirigidos por Deus, conseguimos fazer nove canções.” Graças ao esforço de todos, Kleber ganhou com esse álbum o Disco de Platina.

Apenas antes de começar a falar das canções, quero dar um destaque especial a capa do CD, feita em tons de amarelo, laranja e marrom. Uma bela concepção do véu com Kleber prostrado em adoração. Já dá pra perceber o que virá por aí.

Vamos começar?

Rio de vida é, na minha humilde opinião, a melhor do álbum. A combinação do violão com a bateria, e bons toques de teclado fazem uma música perfeita. A letra consegue ser animada e, ao mesmo tempo, perfeita para o louvor congregacional – algo tão difícil de se achar hoje em dia. O coral no backing e a voz de Kleber, em vários momentos mostrando-se potente, em outros se mostrando leve. Começou com chave de ouro esse belo CD.

Prosseguimos com O melhor está por vir, com uma introdução bem interessante, na base da bateria e da guitarra, bem pesada – aliás, a veremos muito nessa canção. Uma batida um pouco diferente, seguindo a canção que versa Joel 2:23-27, falando que o melhor de Deus ainda está por vir em nossas vidas. Bons toques por parte do coral. Destaco o solo no meio da canção.

A faixa-título, Casa de Davi, casa de oração traz uma introdução na base do teclado e violão, lembrando um pouco a música hebraica. A canção, com arranjos bastante firmados em tons menores, é diferente do que já ouvi. Basicamente vemos Kleber comandando boa parte da canção. O backing no coro é interessante. A mudança de tom vem acompanhada de um peso maior do arranjo e das vozes.

Continuamos com Santidade, que combina teclado e bateria. É um pop mais animado, com um peso bem maior de Kleber e do backing. Vocês vão achar engraçado, mas eu creio que essa canção deveria ter um coro, pra dar um ápice no todo. É uma das minhas favoritas, não tanto pela letra, mas pela música em si.

Uma das mais conhecidas, sem dúvida, é Te agradeço, que lembra uma mescla de Santidade e Rio de vida. A introdução no teclado, e a posterior parceria voz/violão é excelente. A canção exige bastante a voz de Kleber e do coral em todos os momentos. Aliás, digo mais: O solo com o coro do coral cantando é de arrepiar. Destaque para o baixo, principalmente no final da canção.

Um solo muito lindo de cordas no início de O tempo, marca uma das mais belas do CD. Os arranjos são mais fortes. O coro traz um conjunto de vozes e arranjos espetaculares cantando “Hosana”. O solo entre as duas partes traz um contraste com a guitarra ante as cordas mais clássicas. Excepcional letra. Nada mais a falar.

A alegria do Senhor é uma canção bem animada, com uma base na guitarra. Gosto do backing ao fundo da voz de Kleber, fazendo o eco. Destaco alguns toques dos metais. A letra não é muito complexa, mas fácil de ser cantada. Assim como vários personagens, vamos demonstrar a alegria do Senhor em nossas vidas.

A próxima, Perto de Deus não é das minhas letras favoritas, embora o coro seja excepcional. Mas quanto aos arranjos e vozes, é uma das melhores. A combinação de Kleber e o coral é muito, muito boa. O solo de cordas é primoroso. Curiosamente as duas melhores de adoração são exatamente as que possuem os melhores arranjos de cordas.

Continuando com Quando te encontro, que lembra bastante algumas canções do CD Aos pés da cruz. Arranjos com teclados e violões são semelhantes. As vozes são um pouco diferentes, mas mesmo assim trazem um estilo característico à Kleber. Confesso que não é das minhas favoritas, mas tem uma letra interessante.

O solo de teclado de Como ele nos amou é fenomenal – trazendo uma das minhas favoritas. A guitarra muito bem presente apresenta uma música de quebrada diferente. O coro traz novamente a força e o peso das vozes e do instrumental. O solo também é muito bem desenvolvido. Aliás, toda a concepção dessa canção traz uma marca mais forte do CD: músicas com mais peso e força.

Um estilo bem leve traz Tempo de Deus, que combina o teclado e o baixo. É uma letra que fala sobre o tempo de Deus para nos dar as coisas que pedimos e para que possamos crescer. Acho que o peso dado na segunda vez era dispensável, e poderia ter sido leve em todo o tempo. Um backing mais leve no coro. Estilo já visto em outros trabalhos.

Perdoado traz um estilo que lembra Te agradeço. Tem vários toques dos metais e uma bateria pontual. A letra é simples e traz um coro ótimo e fácil de se pegar: “Eu fui perdoado, aleluia. Eu sou livre.” A guitarra e baixo também se fazem presentes com alguns pontos. O backing no coro também completa o trecho.

O violão conduz Eu quero ser santo, bela canção de júbilo. Excelente participação dos metais, mais fortes. A canção tem letra pequena. Destaco o pós-coro, que é diferente de toda canção, com arranjos mais leves. Boa canção – estilo de júbilo mesclado com pop muito explorado nesse CD, diga-se de passagem.

Um estilo mais simples traz Corro pra você. Acho a letra interessante, mas não sou muito fã dela. Os arranjos apenas com bateria e teclado – e alguns toques de violão é simples, mas sempre funciona. Dispensaria o backing da canção. Acho que poderia ser uma canção acústica pelo estilo. A canção fala sobre nosso desejo e busca ansiosa pelo Senhor.

Encerramos o CD com Doxologia, que na verdade traz um medley de “Alvo mais que a neve” e de “Tocou-me”. Duas canções lindas, que foram muito bem lembradas por Kleber.

Este é um dos melhores álbuns do ano de 2005, sem dúvida que marcou a história de Kleber e da música gospel.

Que Deus te abençoe!

@jonathacardoso

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