Análises

Ouvimos o quarto CD do Ministério Ipiranga - Venha o Teu reino. Confira nossa opinião

Jonatha Cardoso em 08/02/13 4483 visualizações
Venha teu reino é o quarto álbum do ministério de louvor pertencente à Comunidade Cristã Ministério Ipiranga, com sede em São Paulo, comandada pelo Ap. Marco Thomazi. Depois de três anos do último CD + DVD ao vivo lançado – Pelo teu toque - o Ministério Ipiranga volta a gravar um álbum ao vivo, no ano de 2007. Esse álbum é composto de algumas regravações do último álbum - Envia tua glória -, bem como algumas canções inéditas.

Com cinco anos de trabalho, desde o seu primeiro álbum, aos poucos o ministério estava ganhando mais espaço no meio gospel, bem como com suas belas canções nas igrejas. A qualidade musical vista nos álbuns anteriores – principalmente no álbum ao vivo – era muito positiva. Entretanto, no álbum anterior, não acho positivo ele ter sido gravado em estúdio – a atmosfera do “ao vivo” é muito melhor. Por esse motivo, esse novo álbum continha, não só músicas novas, como também novos arranjos para algumas belas canções do álbum anterior.

Dito isto, vamos começar.

Começamos com duas regravações do álbum Venha teu reino: a primeira é Teus olhos me procuram. A introdução lembra bastante a original, mas ganhou um pouco mais de peso nos metais e na percussão. A flauta e o teclado dão um toque muito especial. A canção é leve durante todo o tempo, sem a bateria. Um início apenas no teclado e com a voz de Davi Passamani se mostra muito bem, incluindo umas “pitadas” de flauta. O coro, com o backing vocal é belíssimo. O toque da canção é sua letra, que é um monólogo duplo: primeiro, de nós com Deus, e segundo, de Deus conosco. É nesse momento que a música emociona, principalmente com a ministração de Davi. Excelente.

A segunda regravação é a da mais conhecida canção do ministério: Última chance. Essa canção ganhou uma repaginação completa, pois a versão original do CD anterior é apenas no teclado e mais alguns toques de metais. Aqui temos uma versão perfeita, como alguns convieram de dizer, para ser cantada em igrejas. Tem uma introdução simples, na guitarra e na bateria. A condução do violão de Peter Quintino é ótima. O peso do coro é excepcional, com o backing e com o instrumental pontual. Só não gostei do aumento do tom, pois o Fá se encaixou como uma luva. No mais, perfeita!

A minha favorita do álbum é, sem dúvidas, Águas limpas, é a única que foi regravada do primeiro álbum, Vento de pureza. O início da canção é perfeito, com uma condução suave. A voz feminina caiu como uma luva nesta canção. A letra é simplesmente excepcional: “Vou mergulhar no rio do Senhor; em suas águas, lavo o meu interior; flui Espírito, flui Espírito”. Peter na segunda voz dá um toque especial e se encaixa como uma luva. A música é daquelas que, quando a gente ouve, dá vontade de se quebrantar e chorar diante da presença de Deus. Espetacular.

Deus de amor também é regravação do último CD. A introdução lembra o coro, com toques da guitarra e bom peso da bateria. A estrofe inicial é suave, apenas no teclado e alguns toques de percussão, com música muito bem conduzida por Davi. No pré-coro a música incorpora um pouco de peso, que aos poucos vai aumentando, até chegar no coro, que fica bem forte. Destaco o backing, com bons toques de apoio na canção.

Outra regravação é Envia tua glória, que é o título do CD anterior. A canção lembra muito a original, com introdução semelhante, na bateria e na guitarra. A estrofe e o pré-coro são curtos, e suaves – é no coro que temos o peso, que não é excessivo, mas pontual. Mais uma vez, os backings são bem colocados. O trecho que se canta “Glória, glória, Senhor” é belíssimo e forte! A ministração de Peter é linda, seguida por uma linda e poderosa palavra pela Pra. Lucia Thomazzi, seguida pelo toque forte do shofar e uma ministração cantando: “Abram-se, oh portais eternos, para que entre o Rei da Glória”. Sem palavras!

Uma canção belíssima é, sem dúvidas, Minha raiz, que tem uma letra bonita, com um arranjo bem colocado, que é suave, mas marca bem a canção. O pré-coro e o próprio coro são semelhantes no seu peso. O conjunto de vozes é impecável – até mais do que na versão original. O solo de guitarra que desemboca no coro novamente é perfeito, impecável, conseguindo manter a força que o coro precisa. Embora se assemelhe um pouco à versão original, essa me conquistou, sem dúvidas.

Uma das mais belas do CD anterior, que inclusive foi cantada por Davi Sacer e Luiz Arcanjo, é Minha porção. Aqui temos uma canção cantada por um conjunto de vozes que me lembrou, e muito, Arautos do Rei – com uma qualidade admirável. Os arranjos são suaves, muito bem colocados, sem necessidade de algo diferente. A letra é maravilhosa: “Eu não preciso de riquezas para te adorar; eu não preciso de promessas para ser fiel; eu só preciso de tua presença; tua graça basta em mim; tu és minha porção e a minha herança, Jesus”. Perfeito!

Uma canção inédita temos aqui: Quero marcar minha geração. Uma introdução bonita e suave, traz uma estrofe muito bem conduzida, com leveza. Tem uma letra curta e bem simples, que fala sobre um desejo de marcar uma geração, pregando que Jesus está voltando. As vozes são suaves durante toda a música. Boa canção.

Nem olhos viram é a música que encerra o álbum anterior, e que ganha nova versão, mas praticamente com a mesma roupagem anterior – até porque nem precisava, pois ela era excelente. Uma introdução, novamente, na guitarra e na bateria. A estofe é muito bela, não só na letra como no arranjo. O pós-coro é bem forte.

Uma participação especial de Soraya Moraes está em Majestade, majestoso, que é uma canção belíssima. A condução de Soraya é perfeita – embora a música no todo ajude (e muito) nessa questão. O coro é um verdadeiro hino de exaltação a Deus. A junção das vozes do Ipiranga com a de Moraes, se mostrou muito bem colocada – aliás, essa parceria se mostrou repetida quando Soraya cantou a mesma canção Última chance em um de seus álbuns. O aumento do tom vem seguido de um maior peso.

A canção título do álbum é, curiosamente, rápida. Venha teu reino, com uma introdução no violão, baixo e teclado, com toques de metais. O baixo dá um bom toque durante toda a canção. Depois de um álbum só com canções de adoração, a canção de júbilo quebra um pouco o ritmo que nos acostumamos. Mas essa canção é boa, boa mesmo. Inclusive, temos um verdadeiro espetáculo de instrumentos, com participações excelentes de todos eles.

A canção final é Salmos 126, com introdução na guitarra e alguns leves toques de metais. Temos uma canção com letra bem curta e simples, que versa quase que em todo o trecho bíblico. Outra bela apresentação do backing. É uma canção muito animada, propícia para iniciar um culto, ou para encerrar esse álbum.

Amados, esse álbum se mostrou excelente, marcando mais ainda o crescimento do Ministério Ipiranga na música gospel.

Deus te abençoe!

@jonathacardoso
Venha Teu Reino

(CD) 08/07


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Jonatha Cardoso

Gaúcho, é membro do Ministério Encontros de Fé, de Novo Hamburgo (RS). É músico, toca teclado e bateria. Mas sua paixão mesmo é ouvir... Adora Hillsong, Ron Kenoly, Don Moen, Marcos Witt e outros cantores tradicionais. Nas horas vagas inclusive gosta de compor canções. Trabalha na área de Tecnologia da Informação e, por isso, está sempre conectado nas Redes Sociais e em seu blog.


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