Relembramos um dos maiores sucessos do Stauros - O Sentido da Vida. Confira nossa análise retrospectiva

O Sentido da Vida, segundo disco da banda catarinense Stauros faz, neste ano, vinte anos de lançamento. O álbum representa uma mudança ligeira na estrutura das suas canções em relação ao primeiro registro, Vento Forte (1995). Seu antecessor, cantado por um dos guitarristas da banda, segue harmonicamente mais para o pop e hard rock. Já nesse, Celso de Freyn ocupa os vocais, enquanto o grupo de instrumentistas trazem um som mais complexo e pesado, cujas referências são o prog e heavy metal.

A transformação, melhor explorada nos discos posteriores, foi bastante positiva. É um dos principais registros do metal cristão brasileiro dos anos 1990, junto com alguns lançamentos do Fruto Sagrado, Oficina G3 e Calvário. Escalas harmônicas, distorção, solos de guitarra e velocidade são algumas marcas mais presentes. A Guerra Final, canção introdutória, já demonstra o que vem pela frente. Quebra de ritmos, palhetadas, um drive do vocalista na introdução são peculiaridades da faixa.

Multidão, Viagem pro Céu, Pacto com Deus e Eternal Foutain seguem o peso da introdução. Portais Eternos e Via Escarlate se iniciam lentamente, mas ganham distorção logo mais. Toda Dor se situa entre balada e uma canção agressiva, com uma bela intro de violão clássico. O Preço da Liberdade é uma balada no estilo prog metal. Novo Dia segue um pop/folk rock, com ótimos solos de violão. The Moment é uma parada para um instrumental de guitarra, com solos velozes, tappings e arpejos.

O Sentido da Vida representa um avanço musical para a banda, embora peque na produção musical, aspecto comum de alguns grupos da época. E, justamente pelo caráter de seu tempo, não o desqualifica. De lá para cá, o grupo catarinense explorou sua musicalidade em várias vertentes do rock e diversas formações.

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