Análises

Hello Hurricane, o mais recente disco do Switchfoot, analisado pelo Supergospel

Gleison Gomes em 09/03/11 5243 visualizações
Hello Hurricane é o sétimo álbum da banda americana Switchfoot. O trabalho é de 2009, mas aqui no Brasil só foi lançado em outubro de 2010. A sonoridade é parecida com a do seu trabalho anterior – “Oh! Gravity”, lançado em 2006, porém conta com uma pegada muito mais madura.

Em 2007 anunciaram sua saída do cast da Columbia, criaram seu próprio selo e começaram a gravar em seu próprio estúdio. O álbum foi produzido pela banda ao lado de Mike Elizondo, conhecido produtor de Hip Hop/R&B americano.

O repertório possui composições sólidas, consistentes e poéticas. O instrumental conta com uma bateria pulsante e ótimos riffs de guitarra, apesar do baixo ser um pouco imparcial na condução das canções.

Confira abaixo o review escrito pelo nosso colaborador Gleison Gomes.

A banda americana Switchfoot, de San Diego na Califórnia, formada por Jon Foreman (vocais, guitarra), Tim Foreman (baixo, vocal), Chad Butler (bateria, percussão), Jerome Fontamillas (guitarra, teclados, vocal), e Drew Shirley (guitarra). Estiveram no Brasil em setembro de 2010 onde tocaram grandes sucessos de sua trajetória.

O seu disco mais recente é o Hello Hurricane, de 2009. São 12 músicas inéditas, que mostram uma banda que cada vez mais surprende, tanto em letras pra lá de poéticas, Jon Foreman que o diga, como em sonoridade.

Needle haystack life, abre o cd em grande estilo. Ela tem um refrão bem interessante, “In this needle and haystack life, I found miracles there in your eyes, It’s no accident we’re here tonight, We are once in a lifetime”, que traduz-se por “Nessa Vida de Agulhas e Palheiros, Eu achei milagres lá nos seus olhos. Não é um acidente, que nós estamos aqui esta noite. Nós somos uma vez em um tempo de vida”.

A seguir vem Mess of me, aborda a crise que as pessoas tem passado, mas não foge da responsabilidade, assume que está em sí mesmo o grande causador dos males, por isso o título “Confusão em mim”, nela Jon imprime um vocal alucinante.

A terceira faixa, Your Love Is a Song, é extremamente poética, uma declaração “seu amor é uma canção”, é cantada melodiosamente.

Prosseguindo, chegamos a This is the Sound (este é o som), baseada nas lamentações, tristezas de M.Perkins. Na letra dessa música, são mostrados vários sons, o som da batida do coração, o de bocas descontentes, dos rios, mas a conclusão a que se chega é a de que “Não há nenhum som, Mais alto que o amor” (There is no sound, Louder than love), e M.Perkins dirá sabiamente “O Amor é a luta final”( Love is the final fight).

Em Enough to let me go, temos uma canção bem despojada, leve e fácil de se gostar.

A música número seis, Free, fala de uma prisão, prisão esta que é o próprio corpo, há uma esperança pois “Eu ainda acredito que você pode, Me salvar de mim. Venha me fazer livre, Venha me fazer livre. Dentro dessa pele, Há uma cela de prisão”(I still believe you can, Save me from me, Come set me free, Come set me freeInside this shell, There’s a prison cell).

Chegamos a faixa título do disco Hello Hurricane, ou seja, “Olá Furacão”. Mostra um amor tão grande e forte, capaz de suportar as maiores dificuldades e calamidades que possam surgir. Ela, além de fabuloso instrumental, tem um baita refrão “Olá, Furacão. Você não é o suficiente. Olá, Furacão. Você não pode silenciar meu amor. Tenho minhas portas e janelas seladas, Toda sua morte e fúria não é suficiente. Você não pode calar meu amor. Meu amor. (Hello Hurricane. You’re not enough, Hello Hurricane. You can’t silence my love. I’ve got doors and windows boarded up, All your dead end fury is not enough, You can’t silence my loveMy love). Quer dizer, pode vir o que vier, e o furacão é um exemplo disso, nada vai abalar o amor. A capa do cd também é muito bonita, e pode-se inferir que as aves anunciam a bonança e também a chegada de tempo ruim.

Always, mostra a tranformação do ser humano, é bem introspectiva, observável em “Aleluia! Eu estou cedendo. Aleluia! Eu estou em amor de novo. Aleluia! Eu sou um homem miserável. Aleluia! Cada respiração é uma segunda chance” (Hallelujah! I’m caving in. Hallelujah! I’m in love again. Hallelujah! I’m a wretched man. Hallelujah! Every breath is a second chance), mas tem a certeza de que não importa o que acontecer “E eu sou Sempre Teu. Mas eu sou Sempre Teu” (And it is always yours. But I am always yours). Linda música.

A seguir vem Bullet Soul, um som meio pisicodélico, e as belíssimas Yet e Sing Out, sendo que esta é inicialmente cantada sem muito instrumental e, aos poucos, eles vão aparecendo e dando ritmo legal a canção.

Pra fechar Red Eyes, em seu inicio, e em seu final, um som parecido com aqueles “plim-plim” – música de “ninar”, mas igualmente bela.

O Switchfoot mostra-se cada vez melhor, produzindo um som contemporâneo que influência muitas e muitas bandas pelo mundo afora.

De resto, só nos resta aguardar o novo disco prometido, intitulado “Vice-Verses” que, de acordo com a banda, deverá ser lançando no verão americano, ou seja, entre junho e setembro de 2011.
Hello Hurricane

(CD) 08/10


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Gleison Gomes

Historiador, apreciador de música, filmes e bolo de abacaxi.


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