Análises
Além do que os olhos podem ver (Oficina G3)

Final dos anos 80 foi quando tudo começou. Diversas bandas "gospel" surgem pelo Brasil, calcadas no rock'n roll, tornando mais acessível a mensagem de Cristo aos jovens. Desta época, Oficina G3 é a grande referência.
O objetivo principal do grupo, que atingiu seu prestígio nos anos 90, lançando os clássicos "Nada é tão Novo, Nada é tão velho" e "Indiferença", é levar a mensagem de salvação com suas letras, que variam de temas do cotidiano até ao louvor e adoração.
Com a mudança de gravadora, em 2000, a banda também mudou sua sonoridade, aderindo a padrões comerciais. Nos álbuns "O Tempo" e "Humanos" o grupo investiu num som moderno, mais leve e com excessivas baladas, sendo duramente criticada pelos antigos fãs. Em contrapartida, o grupo, que já era bastante conhecido, ganhou um novo público, que rendeu dois discos de ouro, clipe na MTV, músicas tocadas em rádios cristãs de todo o Brasil e agenda de shows lotada.
Mas, depois de muita espera, é pela mesma gravadora que o grupo se tornou "popular", que lança seu oitavo e mais pesado álbum, o terceiro pela MK Publicitá. "Além do que os olhos podem ver", para espanto dos antigos admiradores, marca um reencontro do grupo com seu som mais pesado. Não é exatamente Hard Rock, mas esta é a veia, mesclando elementos atuais, num som denso, empolgante e de altíssimo nível técnico.
Surpreendente da primeira à última música, assim é o novo trabalho, produzido por "Gera", que acompanha a banda há 7 anos. Qualidade musical não falta a cada integrante, que são referências em seus instrumentos:
Juninho Afram, um dos mais conceituados guitarristas do Brasil, agora no comando dos vocais, não deixa saudades do ex-vocalista Pedro Geraldo (PG) em nenhum instante. Duca Tambasco comprova mais uma vez sua habilidade no comando do baixo. Jean Carllos tem uma fundamental atuação nos teclados para a proposta sonora deste trabalho. Luiz Fernando (Lufe), que não é integrante oficial da banda, tem uma responsabilidade de peso na bateria.
A introdução do álbum é criativa e engraçada. Quando ouvir pela primeira vez, não se assuste com os cachorros, pois logo eles param de latir. Você vai se assustar mesmo é com o som da primeira música, entitulada "Mais alto". Grande Hard contemporâneo, rápido e pesado, com um coro melódico e marcante, que lembra muito as bandas "gringas". Esta faixa de abertura traz uma mensagem de confiança em Deus, que com Ele vamos mais além, e que não são os problemas que irão nos conseguir calar.
Isto é só começo, pois a turbulência sonora dura o álbum todo, não apenas em algumas faixas. As músicas "Réu ou Juiz" e "Meu Legado" seguem a linha da primeira, com muita distorção, solos rápidos e virtuosos, boas bases e duelos desconcertantes entre baixo, guitarra e bateria.
Porém, é partir da faixa 5 que o álbum começa a chamar a atenção e a soar definitivamente diferente do infeliz "Humanos". "Através da porta" é um Hard mais cadenciado, com muito peso, ficando difícil não balançar a cabeça logo na introdução, acompanhando o som. A letra nos traz uma mensagem positiva, de que podemos mudar este mundo. Destaque para os viajantes teclados e as improvisações de baixo, que tornam esta uma das melhores do álbum.
A faixa 6, que dá nome ao CD, possui elementos de metal progressivo, desde a introdução. Mescla muito bem partes pesadas com partes leves, trazendo um clima diferente para os primeiros momentos suaves do CD. O solo do Juninho Afram, mais uma vez está impossível!!!
Em seqüência, vem "A lição", que leva a melhor letra do CD. É uma chamada de atenção, para aprendermos o que é amor a cada dia, não vivendo apenas a emoção enquanto as lágrimas caem. A atmosfera criada pelos teclados é muito bonita, sobre a qual Juninho impõe sua voz melódica, conduzindo ao coro marcante e pesado. Enfim, mais uma para lista das melhores do álbum.
Abordando sobre a 2º vinda de Cristo, "O fim é só o começo", registra nas guitarras a ótima participação de Déío Tambasco, que tem contribuído com a banda nos shows, desde a saída inesperada do vocalista PG. Esta canção, mais lenta, traz uma sonoridade nova à banda. Com muito peso no baixo, as guitarras limpas viajam em escalas tendendo ao blues.
A canção "Lugar melhor" é uma típica balada radiofônica da banda. Composta por Juninho e Viviane Afram, traz uma bonita letra de louvor e adoração, que expressa a vontade de ouvir a voz de Deus.
Agora sim: "Amanhã", é de longe a melhor música do álbum, desde a primeira audição. Basta a introdução pra sacar a sonoridade progressiva. Começa com um power chord seguido de arranjos de bateria e violino tocado por Maurício Takeda, e juntamente com o peso, lembra, sem exageros, um grandioso metal épico. Mandaram muito bem ao arranjar esta música, que em sua letra declara que a Deus pertence o amanhã. Juninho se destaca com sua voz nesse som.
Em meio às distorções, Marcão, vocalista da banda Fruto Sagrado, participa cantando ao lado de Juninho a música "Sem tréguas". O som, as linhas vocais e a letra possuem todas as características do Fruto Sagrado, ou seja, é uma ótima pedida!!! Composição de Marcão e Oficina G3.
As faixas "De olhos fechados" e "Ver acontecer" são difíceis de definir, mas são algo experimental, pesado e técnico, trazendo sonoridades novas, sem deixar de ter, como sempre, boas letras e solos.
Fechando o CD, a canção "Queria te dizer", escrita por Julim Barbosa, é uma balada de Louvor e Adoração, com direito a violões e percussão, mas que também leva uma dose de guitarras, versando sobre o amor que queremos
expressar a Deus.
Em três dias, após o lançamento, "Além do que os olhos podem ver" vendeu mais de 20 mil cópias, demonstrando a expectativa que se gerou depois de várias mudanças que a banda sofreu.
Com este álbum, Oficina G3 retoma o posto de melhor banda de gospel rock do Brasil merecidamente, mostrando que está contextualizada no cenário internacional, corrigindo os excessos dos últimos álbuns, trazendo à tona elementos dos discos mais antigos, fazendo com que muitos que haviam deixado de curtir o som da banda, voltem a ouvir. Compre o CD, pois não irá se arrepender!!!
O objetivo principal do grupo, que atingiu seu prestígio nos anos 90, lançando os clássicos "Nada é tão Novo, Nada é tão velho" e "Indiferença", é levar a mensagem de salvação com suas letras, que variam de temas do cotidiano até ao louvor e adoração.
Com a mudança de gravadora, em 2000, a banda também mudou sua sonoridade, aderindo a padrões comerciais. Nos álbuns "O Tempo" e "Humanos" o grupo investiu num som moderno, mais leve e com excessivas baladas, sendo duramente criticada pelos antigos fãs. Em contrapartida, o grupo, que já era bastante conhecido, ganhou um novo público, que rendeu dois discos de ouro, clipe na MTV, músicas tocadas em rádios cristãs de todo o Brasil e agenda de shows lotada.
Mas, depois de muita espera, é pela mesma gravadora que o grupo se tornou "popular", que lança seu oitavo e mais pesado álbum, o terceiro pela MK Publicitá. "Além do que os olhos podem ver", para espanto dos antigos admiradores, marca um reencontro do grupo com seu som mais pesado. Não é exatamente Hard Rock, mas esta é a veia, mesclando elementos atuais, num som denso, empolgante e de altíssimo nível técnico.
Surpreendente da primeira à última música, assim é o novo trabalho, produzido por "Gera", que acompanha a banda há 7 anos. Qualidade musical não falta a cada integrante, que são referências em seus instrumentos:
Juninho Afram, um dos mais conceituados guitarristas do Brasil, agora no comando dos vocais, não deixa saudades do ex-vocalista Pedro Geraldo (PG) em nenhum instante. Duca Tambasco comprova mais uma vez sua habilidade no comando do baixo. Jean Carllos tem uma fundamental atuação nos teclados para a proposta sonora deste trabalho. Luiz Fernando (Lufe), que não é integrante oficial da banda, tem uma responsabilidade de peso na bateria.
A introdução do álbum é criativa e engraçada. Quando ouvir pela primeira vez, não se assuste com os cachorros, pois logo eles param de latir. Você vai se assustar mesmo é com o som da primeira música, entitulada "Mais alto". Grande Hard contemporâneo, rápido e pesado, com um coro melódico e marcante, que lembra muito as bandas "gringas". Esta faixa de abertura traz uma mensagem de confiança em Deus, que com Ele vamos mais além, e que não são os problemas que irão nos conseguir calar.
Isto é só começo, pois a turbulência sonora dura o álbum todo, não apenas em algumas faixas. As músicas "Réu ou Juiz" e "Meu Legado" seguem a linha da primeira, com muita distorção, solos rápidos e virtuosos, boas bases e duelos desconcertantes entre baixo, guitarra e bateria.
Porém, é partir da faixa 5 que o álbum começa a chamar a atenção e a soar definitivamente diferente do infeliz "Humanos". "Através da porta" é um Hard mais cadenciado, com muito peso, ficando difícil não balançar a cabeça logo na introdução, acompanhando o som. A letra nos traz uma mensagem positiva, de que podemos mudar este mundo. Destaque para os viajantes teclados e as improvisações de baixo, que tornam esta uma das melhores do álbum.
A faixa 6, que dá nome ao CD, possui elementos de metal progressivo, desde a introdução. Mescla muito bem partes pesadas com partes leves, trazendo um clima diferente para os primeiros momentos suaves do CD. O solo do Juninho Afram, mais uma vez está impossível!!!
Em seqüência, vem "A lição", que leva a melhor letra do CD. É uma chamada de atenção, para aprendermos o que é amor a cada dia, não vivendo apenas a emoção enquanto as lágrimas caem. A atmosfera criada pelos teclados é muito bonita, sobre a qual Juninho impõe sua voz melódica, conduzindo ao coro marcante e pesado. Enfim, mais uma para lista das melhores do álbum.
Abordando sobre a 2º vinda de Cristo, "O fim é só o começo", registra nas guitarras a ótima participação de Déío Tambasco, que tem contribuído com a banda nos shows, desde a saída inesperada do vocalista PG. Esta canção, mais lenta, traz uma sonoridade nova à banda. Com muito peso no baixo, as guitarras limpas viajam em escalas tendendo ao blues.
A canção "Lugar melhor" é uma típica balada radiofônica da banda. Composta por Juninho e Viviane Afram, traz uma bonita letra de louvor e adoração, que expressa a vontade de ouvir a voz de Deus.
Agora sim: "Amanhã", é de longe a melhor música do álbum, desde a primeira audição. Basta a introdução pra sacar a sonoridade progressiva. Começa com um power chord seguido de arranjos de bateria e violino tocado por Maurício Takeda, e juntamente com o peso, lembra, sem exageros, um grandioso metal épico. Mandaram muito bem ao arranjar esta música, que em sua letra declara que a Deus pertence o amanhã. Juninho se destaca com sua voz nesse som.
Em meio às distorções, Marcão, vocalista da banda Fruto Sagrado, participa cantando ao lado de Juninho a música "Sem tréguas". O som, as linhas vocais e a letra possuem todas as características do Fruto Sagrado, ou seja, é uma ótima pedida!!! Composição de Marcão e Oficina G3.
As faixas "De olhos fechados" e "Ver acontecer" são difíceis de definir, mas são algo experimental, pesado e técnico, trazendo sonoridades novas, sem deixar de ter, como sempre, boas letras e solos.
Fechando o CD, a canção "Queria te dizer", escrita por Julim Barbosa, é uma balada de Louvor e Adoração, com direito a violões e percussão, mas que também leva uma dose de guitarras, versando sobre o amor que queremos
expressar a Deus.
Em três dias, após o lançamento, "Além do que os olhos podem ver" vendeu mais de 20 mil cópias, demonstrando a expectativa que se gerou depois de várias mudanças que a banda sofreu.
Com este álbum, Oficina G3 retoma o posto de melhor banda de gospel rock do Brasil merecidamente, mostrando que está contextualizada no cenário internacional, corrigindo os excessos dos últimos álbuns, trazendo à tona elementos dos discos mais antigos, fazendo com que muitos que haviam deixado de curtir o som da banda, voltem a ouvir. Compre o CD, pois não irá se arrepender!!!
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