Análises

Ouvimos o novo álbum de Israel Houghton - Love God Love People. Acompanhe nossos comentários

Dhaii M. (Adailton Moura) em 06/07/11 5202 visualizações
Depois do sucesso de "The Power Of One", Israel Houghton está de volta com mais um belo trabalho. Dessa vez o cantor inovou e produziu todo o disco no lendário estúdio Abbey Road em Londres, Reino Unido – as gravações foram feitas pelo engenheiro Danny Duncan (India.Arie, Hillsong LIVE, Natalie Grant, CeCe Winans).

Israel co-produziu esse disco ao lado de seu colaborador de longa data, Aaron Lindsey, que já trabalhou com Shirley Caesar, Martha Munizzi, CeCe Winans e outros. Tommy Simsque trabalhou em gravações e performances de Bruce Springstein e Garth Brooks, e também Kelly Clarkson.

Nesse ano Love God Love People recebeu [merecidamente] o Dove Awards na categoria de Álbum Contemporâneo do Ano. O disco foi lançado em agosto do ano passado e desembarcou por aqui há alguns meses atrás - quanto tempo hein!?

Segundo Houghton, esse diz é um retorno a um simples e fundamental mandamento do Evangelho: “Amarás o Senhor teu Deus com todo seu coração e seu próximo como a ti mesmo". Praticamente todas as músicas tocam nessa profunda e simples mensagem. Tudo se resume ao Amor de Deus, e as pessoas pessoas."

LOVE GOD, LOVE PEOPLE abre o disco com um swing ala Michael Jackson. É difícil ouvir essa música e não lembrar do "rei do pop". Os arranjos tem beats envolventes e "pesados" sintetizadores. A influência de Jackson fica mais "visível" no solo de guitarra [Vem logo a minha mente Billie Jean] e principalmente no "gancho"You can t give it / Til you live it / You can t live it / Til you give it away / You can t give it / Til you live it / Now that your heart is wide open / You ve gotta give all of your Love”; feito após o solo com uma voz genérica de MJ. Essa é uma canção de agradecimento pelo sacrifício de Cristo feito na cruz – “Como posso agradecer-lhe pelo livramento que você deu /Amor tão bonito”.

YAHWEH (The Lifter) tem a ótima participação do New Breed [banda/vocal de apoio de Houghton, aliás o Breed é responsável pela maioria dos backing vocals], e é repleta de metais do início ao fim - o arranjo ficou incrível.

Em LOVE VER, Houghton faz uma fusão de blues e neo-Soul. A produção como sempre não ficou a desejar. Além das guitarras bluesísticas e metais, na última estrofe é inserida uma linha de piano - que encerra a canção com um belo solo.

O arranjo de THATs WHY I LOVE YOU ficou belíssimo. Não sei se posso dizer que é jazz, blues ou soul, porque os caras fizeram uma grande mix - a sonoridade é agradabilíssima a qualquer ouvido - e novamente me remeteu a alguma canção de Michael Jackson, que, no momento, não consegui lembrar.

O disco tem ótimos arranjos e lindas letras. OTHERS está entre as minhas canções favoritas. O autor faz um protesto e se inclui como responsável dos problemas do mundo, e principalmente da falta de amor do ser humano. Gosto muito desse "lado" clássico da musica urbana. A Orquestra Filarmônica de Londres é responsável pela linda melodia dessa música. O arranjo de cordas ficou fantástico – belíssimo..“Ver o estado do mundo me entristece / Ouço gritos de ricos e pobres / Sinto o medo e cheiro de doença ao redor de mim / Agora que eu vejo, eu me sinto responsável / porque todos nós podemos viver mais do que isso”.

O violão dedilhado no inicio de HOLD MY WORLD é lindo e os vocais também ficaram incríveis.

YOU WONT LET ME GO tem uma potente fusão de funk, soul e ska - os caras capricharam nos naipes de metais. Aliás, eles estão presentes na maioria das canções do disco.

Os versos de OUR GOD fala sobre o poder e a grandeza do nosso Deus - essa é minha canção favorita. A música é tranqüila. Possui batidas e sintetizadores suaves - gostei muito do efeito dos "claps", que reproduz o estalar de dedos, geralmente o efeito é de palmas [e é muito complicado explicar com palavras, só ouvindo mesmo para entender] (Risos)

Israel Houghton abre MERCIES convidando Kirk Franklin para ouvir o potente som dos metais. A música tem a participação de Kirk e seu coro inseparável. Ao ouvir esse groove, com absoluta certeza você não vão conseguir ficar parado – Muitos metais e moogs. “Ninguém disse que as coisas seriam sempre fácil / Ninguém disse que seria sempre bom / Ninguém disse que todos os dias seriam perfeitos /Alguém disse: o meu jugo é suave / Alguém disse que meu fardo é leve /Alguém disse que choro só dura apenas uma noite”, diz parte da primeira strofe.

A parceria de Israel Houghton e Fred Hammond em SURPRISES ficou perfeita - o resultado não poderia ser outro tendo dois grandes artistas na mesma obra.

As batidas de NAME OF LOVE são "grudentas", acompanhas por um violão do inicio ao fim, além de leves efeitos - sem contar que a voz de Israel recebeu algumas doses de Chorus e Reverb (efeitos de vozes). Exatamente na metade da música, a batida fica mais potente, incrementada por riffs de guitarra .

É meio clichê dizer que uma música inicia ou encerra um disco em grande estilo, mas no caso de HOSANNA (Be Lifted higher) vou ter que usar essa frase: ela encerra o disco em grande estilo. A canção tem a participação do coral infantil da escola de Londres. “Hosana” também tem a participação da Orquestra Filarmônica de Londres – coisa linda.

Vale muito a pena ouvir esse disco! Tenho absoluta certeza que você não vai se arrepender!!
Love God. Love People.

(CD) 02/11


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Dhaii M. (Adailton Moura)

Locutor [radialista], escritor/blogger, músico & etc.


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