Análises

Ao vivo (Resgate)

Márcio Heck em 17/08/04 20259 visualizações
Banda Resgate. Nome “de peso” no cenário Gospel Nacional, completa 15 anos de existência. Nessa comemoração, quem saiu ganhando fomos nós. Mesmo acompanhando há diversos anos a trajetória da banda, confesso que me surpreendi com a qualidade deste novo álbum, gravado Ao vivo em Campinas (SP), no dia 5 de Novembro de 2003, na "Usina Royal".

A única banda de bispos do mundo, que mantém a sua formação original até hoje, não decepcionou e mandou muito rock’n roll, mesclando músicas de toda a histórica discografia da banda (exceto do primeiro) – agora são 8 CD’s e 1 DVD, pois o show deste novo trabalho você pode conferir em DVD também, lançado simultaneamente. A produção musical ficou sob a responsabilidade da própria banda e de Dudu Borges.

Destaco o fato deste trabalho ter mais de 77 minutos de duração em 18 faixas, sendo 15 ao vivo mais 3 inéditas gravadas em estúdio, algo que realmente anima muito em adquiri-lo.

Os primeiros acordes da gravação são da canção “Água Viva”, música integrante do Acústico. É uma ótima combinação de arranjos rock com uma letra de louvor, que fala de que tudo o que precisamos é da água viva do Pai. Não ganhou novos arranjos em relação ao acústico mesmo sendo agora em guitarras.

A segunda música, mais pesada e rápida que a anterior é “E Daí”, integrante do quarto CD, álbum que leva o nome da banda. É espetacular a sonoridade antiga dos timbres das guitarras nessa música, característica do Resgate. A letra fala sobre Deus, que enxerga também o nosso coração, muito além de aparências.

Aí na seqüência do álbum temos 5 baladas. Bom, quando se fala em baladas da banda Resgate, na verdade é um elogio, pois sempre temos bons arranjos de guitarra e letras muito boas e bem estruturadas.

“Sete Dias”, gravada originalmente no CD Praise, aparenta estar um pouco mais pesada ao vivo, principalmente na segunda parte. Leva um solo de teclado Harmmond (aquele som de órgãos antigos), característico da banda.

“O Nome da Paz”, última música do álbum Praise, dispensa comentários pela sua beleza e letra, em especial na segunda parte: "Ouço a voz que diz: a minha paz vos dou, agora tudo vai mudar”!!! Ao vivo ficou muito bom, em especial os Backing vocals que cantam muito.

Também do último álbum, temos “Pra todos os efeitos”, que também ficou ótima ao vivo, seguida de “Infinitamente Mais” do CD Praise. Ambas são boas baladas.

Do clássico CD On The Rock, (o melhor álbum da banda na minha opinião), temos a clássica “5:50 AM”. É um dos grandes momentos do álbum. Nesta regravação ela ganha mais solos de guitarras, sendo elas rasgadas e distorcidas, o que soa muitíssimo bem aos ouvidos de qualquer apreciador da arte que é fazer um bom rock’n roll de qualidade. Me surpreendi com esse som!

Na oitava faixa, temos a regravação da ótima “Sol do meio dia”. Gosto muito das palhetadas de guitarra na introdução desse som. Em seguida temos “A Resposta”, faixa título do CD Eu continuo de pé, rock’roll em seu estado mais puro, agitando muito o pessoal que estava presente na gravação.

A Décima faixa é mais uma canção do Praise, “Restauração”. Destaque pra voz “rasgada” de Zé Bruno, que ficou muito boa ao vivo.

Após três pauladas, vem a bela balada - a mais suave do álbum - “Em Todo Lugar” do CD Resgate, que também foi executada com muito sentimento e feeling por parte da banda.

Do leve pro pesado... Agora a mais pesada do CD: A excelente música “Tempo”, do On The Rock. A “sonzeira” começa com o bater do relógio - sim o mesmo relógio da versão original - entrando a batera na batida da música, e logo sinais de distorção pesada. Então entram os ótimos riffs, em conjunto com o teclado harmmond (muito bom esse timbre de teclado). O som é empolgante e o solo ficou impressionante. Essa música, a melhor do CD na minha opinião, que exige bastante dos músicos, em especial da dupla de guitarras Zé Bruno e Hamilton, prova que virão ótimos álbuns da banda pela frente. Estão tocando muito!!!

Em seguida, sem perder nada do peso, vem o grande sucesso “Daniel”, numa versão mais pesada que a original. Basta a introdução pra arrepiar. Gostei dos vocais bem rasgados do Zé. Sonzeira! É isso que posso te dizer!!!

Dando seqüência, regravaram Lucifeia, integrante do Acústico. A mensagem da música é válida, porém nem melodia e nem arranjos agradam meus ouvidos. Há quem goste, mas particularmente considero o ponto negativo do CD.

Agora sim!!! A versão elétrica de Todo Som ficou excelente. Bastante diferente da original, onde era tocada com violão apenas. Os Backing Vocals ficaram muito bons, a batera e os solos de guitarra impressionam. Enfim, essa regravação ficou perfeita e também empolgante!!!

Agora as músicas novas. Para quem já conhece Resgate, as melodias são familiares.

“O Rio” é uma balada pesada. Inicia com baixo e batera apenas, em que as primeiras frases cantadas soam como radinho a pilha, efeito usado em diversos álbuns do grupo. Logo entram as guitarras, que levam a um coro de melodia marcante. A Letra fala que dependemos do mover do Rio do Trono de Deus, em nossas vidas. Enfim, ótima canção.

Em “Mais longe”, mais pesada que a anterior, considero que o diferencial nessa canção é a letra, que é muito bem elaborada, baseada na vida de José do Egito. Os arranjos são muito bons, seguindo a linha Resgate. Enfim, espere uma boa música!

Das três novas, destaco esta: “O meu lugar” – Isso sim é uma balada – e de peso, diga-se de passagem. Inicia com um violão, percussão marcando o compasso, e voz, caindo logo no coro, num peso mais cadenciado, o que não é comum nas músicas da banda, criando uma sonoridade inovadora. A letra fala que o nosso socorro, fonte, certeza e lugar pra descansar é Deus.
Ao vivo

(CD) 01/04


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