Confira nosse bate papo com a dupla Dan e Janaína. Os músicos falam sobre novo CD

Dan e Janaína é uma das várias duplas sertanejas em que a Som Livre aposta. Com foco no segmento evangélico, o selo da gravadora carioca estendeu a parceria com o músico Dan. O cantor formou duas duplas anteriormente, Dan e Willian e Dan e Daniel. Willian faleceu, Daniel seguiu outros rumos. Livre, o intérprete se juntou a Janaína, sua esposa, e formou novo conjunto musical. Em entrevista ao Super Gospel, o casal contou com entusiasmo os planos e novidades do primeiro álbum, Tudo Novo.

Vocês participaram recentemente do Promessas Sertanejas. Em que consiste este projeto?
Dan – Eu já tinha um contrato com a Som Livre antes. Cheguei a lançar o álbum Coração pra Deus, há uns anos atrás. E agora, com esta nova formação, com a minha esposa Janaína cantando ao meu lado, tenho mais segurança e paz para trabalhar. Este projeto do Promessas Sertanejas surgiu no dia em que fechamos com a Som Livre. Eu enxergo como uma proposta muito boa. No secular, já temos uma galera que faz isso, como CDs com participações especiais. No gospel, isso estava faltando, principalmente para nós do meio sertanejo.

O novo projeto já tem título? Terá alguma regravação?
Janaína – Sim, se chama Tudo Novo, porque Deus tem feito tudo novo na nossa vida, e tem três regravações, como “Coração pra Deus” e “É Fantástico” numa nova roupagem e a música “Tá Ligado”. Todas as outras são inéditas, e o Dan compôs todas elas.
Dan – De todos os trabalhos que eu já fiz, foi o que eu tive mais carinho de produzir e tempo para trabalhar, em termos de repertório, gravação... Em cada música escolhi um tipo de músico que combinasse com aquela levada.

Além de produzir, você toca algum instrumento neste projeto?
Dan – Toco. Assinei os arranjos, sou pianista e tecladista. Gravei todos os teclados, alguns violões também. Mas contei com um time bem pesado em BH. Somou muito no projeto, como um todo.

Há uns tempos, vocês liberaram a música “Toró de Bênçãos”. Como é esta estratégia de divulgação na internet?
Dan – Nós vamos soltando as músicas aos poucos. A primeira que soltamos, como clipe, foi “Na Estrada”. Já com “Toró de Bênçãos”, um arrocha, liberamos a música com um lyric video. Nós fizemos “Tudo Novo” com o pessoal da BME e tá maravilhoso. Neste clipe, a gente nem canta, só atua mesmo. Ele é muito forte.

A gravação foi ao vivo?
Dan – Sim.
Janaína – Foi bem bacana, conseguimos deixar a igreja bem cheia. Foi lindo.

Dan, você tocou por um tempo com David Quinlan. Como foi esta migração para o sertanejo, mesmo com todo o preconceito por trás deste gênero?
Dan – Costumo dizer que, quando temos idade formada, sempre vamos, musicalmente falando, nos basear em nossas fontes. O que sempre esteve em minha veia foi o sertanejo. O David até falava que eu era o roqueiro mais caipira que ele tinha. Desde o meu jeito, as composições... Quando eu ia mostrar uma música para ele, ele dizia: “Cara, a letra é linda, mas a melodia tá muito caipira” (risos). Desde novinho toco acordeon, meus tios tinham dupla sertaneja, mas me envolvi com a música por um todo. Me formei em piano, estudei jazz por muitos anos, fui para o pop e para o rock. O músico deve ser completo e tocar em todos os estilos, seja salsa, sertanejo ou jazz. Mas, no caso do sertanejo, eu vejo como um dos estilos mais difíceis de produzir. Não é qualquer um que tem a pegada do sertanejo. Às vezes, o guitarrista é virtuoso, mas não consegue tocar um vanerão no violão. Parece simples, mas não é. Fui para o sertanejo mais por uma questão de sangue.

Com colaborações de Tiago Abreu

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