Notícias
Conversamos com Syd Back, vocalista da banda Antiphona, que falou sobre seu primeiro disco

Como surgiu a banda Antiphona?
Syd - A banda começou em 2000, fundada por mim e dois grandes amigos, os primos Douglas Alves (baixo/teclado) e Marco Antônio (bateria). Conheci Douglas num ponto de ônibus quando éramos alunos da UFRJ e conversávamos muito sobre música, bíblia, igreja e muitos outros assuntos, o que nos fazia perceber uma grande afinidade. Naquela época eu fazia parte de uma banda que de repente ficou sem baixista e baterista, e eles foram minhas opções mais que imediatas. Essa banda acabou se dissolvendo poucas semanas depois, e a partir disso nós três, os remanescentes, fundamos o Antiphona. Essa formação durou quase 5 anos. Depois da primeira formação tivemos outras com músicos e amigos sensacionais que certamente foram importantes na estória da banda. Hoje o Antiphona é formado por mim (voz, guitarra e sintetizadores) e por Gustavo Brown (baixo, guitarra e sintetizadores).
O que mais marcou vocês durante a gravação do primeiro álbum?
Syd - Foram 3 anos estudando produção musical, edição de áudio e gravando esse disco que é a realização de um sonho que Deus colocou em meu coração quando eu ainda era uma criança que sequer sonhava em ser um servo dEle. Durante esse período vivi altos e baixos, períodos de prosperidade e também de desemprego, momentos de alegria e de desesperança. Deus estava comigo sempre! Cada sentimento está impresso em cada nota musical gravada e em cada palavra cantada. Havia madrugadas de choro e angústia e em seguida Deus me dava um riff de guitarra ou o tema de cordas para uma determinada canção. Enfim, ao longo desse período Deus me fez de fato sentir o que estava cantando. Não são palavras aleatórias entoadas buscando apenas perfeição melódica.
É muito mais que isso. Ali canto “Não vou temer, não vou me entregar porque sei que meu Deus a vitória fará derramar em meu viver” (“Certeza de Vitória”), “Sei que Jesus Cristo é meu escudo e proteção e que contra todo mal Seu poder e glória prevalecerão” (“Escudo e Proteção”), “Deus Pai, quero te agradecer” (“Vida”), “Eu me afastei da Tua proteção, flechas fazem sangrar meu coração, mas eu quero voltar e em Teus braços chorar e ser só Teu” (“Redenção”) sentindo exatamente o que estava sendo pronunciado. Em cada canção está meu testemunho de ter sido curado de uma enfermidade que me fez sofrer por 17 anos, tem o testemunho de ter tido sonhos realizados pela misericórdia de Deus. Gravar músicas de louvor e adoração a Deus não é e nunca deve ser algo protocolar, cumprimento de contrato ou atividade burocrática. Música já é algo que deve ter emoção no estágio mais elevado, e se for pra falar de Deus então, tem que ser uma experiência de entrega nas mãos d´Ele e ser além dos limites da alma e do coração.
Qual o estilo e a sonoridade do disco?
Syd - Eu e Gustavo somos aficionados por tecnologia do áudio, temos nosso próprio estúdio, e isso nos permite experimentar timbres e sons diferentes até encontrarmos o que realmente queremos. Gostamos dos timbres clássicos de guitarras les paul, telecaster, stratocaster e semi-acússticas e combinamos a isso os instrumentos virtuais (VST) que emulam minimoogs, melotrons, cordas, órgãos e sintetizadores diversos. Gostamos dos timbres dos anos 60,70 e 80 e o cd tem essa característica, mas claro, com um toque contemporâneo. “Carpe Diem” tem uma identidade típica dos anos 60, com a levada de bateria clássica dos hits da época. “Vida” tem temas com timbres de teclado e guitarras típicas dos anos 70. “Já Era Hora” é um synth pop anos 80 com riff de teclados. Enfim, nossas influências estão ali, porém de uma forma diluída, pois buscamos fazer algo original a partir de tudo que ouvimos.
E quanto às canções? Como foi o processo de seleção do repertório?
Syd - todas as músicas são de minha autoria e a inspiração para escrever cada uma delas foi meu relacionamento com Deus. É Ele quem me dá a inspiração para compor. Quanto à seleção de repertório, é um trabalho minucioso que requer uma dedicação toda especial. Eu penso no cd como uma obra que será ouvida do início ao fim, onde o músico levará o ouvinte por uma viagem onde lhe mostrará todos os sentimentos que estão em sua alma. Apesar de hoje em dia pouquíssimas pessoas ouvirem um álbum na sequência, preferindo ouvir as faixas de maneira avulsa no mp3 player, tive o cuidado organizar as faixas numa ordem em que houvesse uma dinâmica, ou seja, que mantivesse o ouvinte interessado. A arte do disco remete ao disco de vinil, representante de uma época em que ouvir um álbum era algo que se parava para fazer, acompanhando as letras, cantando junto, esmiuçando a ficha técnica, vendo as fotos, etc. Conceitualmente queríamos essa ideia de convidar o ouvinte a ouvir na íntegra, na ordem.
Qual ou quais músicas vocês destacariam neste trabalho?
Syd - Essa é uma pergunta interessante, pois a maioria dos compositores diz que as músicas que escrevem são como filhos, e desta forma, dizem ser impossível destacar a preferida. Comigo ocorre de forma diferente, pois há aquelas de que gosto mais. No entanto, nem sempre essas são as preferidas daqueles que apreciam nossas canções. Bom, diante disso prefiro omitir minhas preferências para não influenciar ninguém (risos). Por esse motivo optei por não por um título no cd que fizesse referência a uma das faixas, pois com isso acabaria colocando um peso excessivo sobre a faixa-título, e na minha opinião a audição de um disco é algo pessoal, pois cada ouvinte terá sua preferida, seja quanto à melodia ou quanto à letra que mais o emocionou.
Fale um pouco sobre o vídeo clipe “Carpe Diem”.
Syd - Sempre sonhei em ter um clipe em animação para uma música do Antiphona. Sou fã de animação desde criança e já frequentei incontáveis edições do festival Anima Mundi. O clipe de “Carpe Diem” foi feito pelo designer e cineasta brasileiro radicado no Canadá Dimitri Kozma. Eu era admirador do trabalho dele já há bastante tempo, e certa vez o adicionei no Facebook com o intuito de manifestar tal admiração. Disso resultou uma série de aprazíveis conversas e a proposta dele de fazermos esse projeto como uma parceria, ou seja, ele faria a animação em cima da música e eu cuidaria também dos efeitos, sons ambientes, enfim, dos detalhes finais do áudio. Foi um prazer indescritível trabalhar com o Dimitri, pois ele é uma pessoa bem humorada, inteligente, acessível e talentosíssima.
O clipe é lindo e agrada adultos e crianças graças a seus personagens cativantes e meigos. Tem todo um colorido que parece saltar pra fora da tela. A mensagem da canção é passada de forma plena e delicada. Estamos muito felizes com a repercussão que estamos obtendo. O clipe estreou bem nos festivais de animação, pois ficamos em 2º lugar no Festival do Minuto, do qual participamos com uma versão reduzida do clipe, e foi muito bem recebida, pois foi a única animação brasileira a ficar entre os 5 primeiros colocados.
Ainda sobre vídeo clipes. Como vocês enxergam esta ferramenta dentro do seu ministério?
Syd - E inegável que um videoclipe é um meio de divulgação fantástico de um cd. Assim tem sido desde os anos 80, com advento da MTV e investimentos milionários por parte das gravadoras nesse veículo audiovisual. Enfim, o clipe de “Carpe Diem” tem sido fundamental para que as pessoas conheçam o Antiphona.
Como você estão tratando sua identidade visual na web e nos meios de divulgação em geral?
Syd - A internet é a grande ferramenta. Estamos divulgando principalmente via Facebook e Twitter. Nossas músicas estão hospedadas no Soundcloud (http://soundcloud.com/antiphonarock) e em nosso site oficial (www.antiphona.com.br), e os vídeos estão em nosso canal no Youtube. Gosto de interagir com as pessoas que têm curtido nossas músicas. Temos feito grandes amigos dessa forma. Temos uma equipe pequena, porém muito eficiente, de assessores que cuidam de nossa divulgação nas redes sociais. Alguns sites populares e blogs independentes têm publicado sobre o cd e o clipe de “Carpe Diem”, o que nos deixa muito felizes, pois faz repercutir para todo o país. Graças a isso estamos recebendo encomendas de diversos estados.
O que vocês tem ouvido hoje em dia?
Syd – A gente ouve bastante coisa diferente, buscando principalmente bandas mais alternativas, tanto brasileiras quanto estrangeiras. Tenho ouvido a banda americana de folk rock dos anos 90 Grant Lee Buffalo, o Power grupo progressivo Transatlantic, Leeland (em especial o disco “Sound of Melodies”) e o novo cd do Neal Morse (músico crstão americano) chamado “Momentum”. Além disso, estou sempre ouvindo bandas dos anos 60, 70, 80 e música clássica. Aliás, uma das canções do disco, “Horizonte”, traz uma citação de Preludes opus 28 nº 7 de Chopin na introdução. No recente single inédito que lançamos (não está no cd), “When the Evening´s Shadows Become a Soft Daylight”, há uma referência a Opus 50 em lá menor de Tchaikovsky na introdução (na versão completa) e no final.
Qual a opinião de vocês em relação a esta abertura que a mídia secular está dando para os evangélicos?
Syd - Essa é uma questão que merece reflexão. Há o lado bom e o lado que merece cautela. Veja bem, os evangélicos são expressiva parcela da população brasileira e são um mercado consumidor significativo. Segundo o IBGE, o número de evangélicos cresceu 61% em 10 anos (de 2000 a 2010).
Hoje somos 22% da população brasileira. Os grandes meios de comunicação, que até bem pouco tempo descreviam os evangélicos de maneira estereotipada em suas novelas e seriados, começaram a ver um forte potencial de consumo em nós, principalmente no consumo de CDs. Os crentes não compram CDs piratas, e se compram é muito raro, com percentuais que nem chegam perto daqueles da música secular. Claro que existe o lado bom dessa abertura no que tange a um alcance maior do evangelho em nosso país, porém, isso aumenta a responsabilidade e a exige maior posição crítica dos músicos evangélicos. Os nossos valores não mudam, pois estão na bíblia e esses não são adaptáveis às conveniências humanas. Se uma emissora trata os evangélicos com desrespeito ou nos afronta com valores que vão contra ao que está na bíblia, os músicos contratados de gravadoras ligadas a essas emissoras não podem se calar em hipótese alguma. Muito pelo contrário, devem ser ainda mais enfáticos naquilo que acreditam.
A cada dia vemos crescer o uso de meios eletrônicos, como o Twitter, o MySpace, Orkut, Youtube, entre outros, para divulgação do trabalho. O que vocês acham dessas novas opções de mídia?
Syd - A internet veio revolucionar de maneira definitiva a forma de se fazer e divulgar música. Pessoas do mundo todo têm ouvido nossa música e visto nosso clipe. O Dimitri tem divulgado o clipe entre os fãs de animação em diversos países e isso desperta o interesse em nossas outras músicas. Tenho acompanhado os relatórios de acesso por região tanto do Youtube quanto do provedor de hospedagem do nosso site. É realmente fantástico imaginar que sua música pode chegar rapidamente a tantas pessoas, o que era inimaginável nos anos 90. As pessoas compartilham interesses e preferências de maneira instantânea via redes sociais, e isso para nós músicos independentes é muito bom.
Quais os seus planos para 2013?
Syd - Estamos retomando os ensaios com o objetivo de tocar ao vivo, louvar e adorar a Deus nas igrejas, dando nosso testemunho de fé em Cristo. Paralelamente a isso estamos nos dedicando ao projeto cujo título provisório é “Acoustic Sessions” que, como o próprio nome diz, consiste de músicas em formato acústico, ou algo bem próximo disso, com violões de 12 cordas, bandolim, guitarras semi-acústicas, pianos, cordas, órgãos, etc. Traremos tanto versões de algumas músicas desse primeiro cd quanto composições inéditas, algumas delas em inglês. Lançaremos uma música por mês pela internet, sempre enviando com exclusividade antes para aqueles que adquiriram o cd. Será uma forma de demonstrarmos gratidão a aqueles que nos têm apoiado comprando nosso cd. Talvez após todas as 10 músicas serem lançadas transformemos o projeto em cd físico.
Certamente lançaremos novos videoclipes. No momento estamos trabalhando com um artista plástico e designer aqui do Rio de Janeiro chamado Rafael Costa. Foi ele que cuidou de toda arte do nosso cd e do site, captando com grande inteligência o clima retrô das músicas. Alem disso, há grande probabilidade de que voltemos a trabalhar com Dimitri Kozma. Enfim, virão boas surpresas por ai.
Poderiam deixar um recado para nossos leitores?
Syd - Gostaria de deixar um grande abraço em meu nome e do Gustavo a todos os leitores do Supergospel e que Deus os abençoe grandemente. Agradeço pelo carinho que tem tido conosco, nos apoiando e ajudando a divulgar nosso trabalho.
Deixe aqui os seus Contatos:
Vendas: [email protected] / [email protected]
Youtube - link do clipe "Carpe Diem":
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=c5US-o5oouY
Site oficial da banda:
http://www.antiphona.com.br
Soundcloud:
http://soundcloud.com/antiphona-1/sets
http://soundcloud.com/antiphonarock
Facebook Fan Page:https://www.facebook.com/BandaAntiphona
Facebook Profile: https://www.facebook.com/Antiphonarock
Twitter: http://twitter.com/Antiphonarock
Syd - A banda começou em 2000, fundada por mim e dois grandes amigos, os primos Douglas Alves (baixo/teclado) e Marco Antônio (bateria). Conheci Douglas num ponto de ônibus quando éramos alunos da UFRJ e conversávamos muito sobre música, bíblia, igreja e muitos outros assuntos, o que nos fazia perceber uma grande afinidade. Naquela época eu fazia parte de uma banda que de repente ficou sem baixista e baterista, e eles foram minhas opções mais que imediatas. Essa banda acabou se dissolvendo poucas semanas depois, e a partir disso nós três, os remanescentes, fundamos o Antiphona. Essa formação durou quase 5 anos. Depois da primeira formação tivemos outras com músicos e amigos sensacionais que certamente foram importantes na estória da banda. Hoje o Antiphona é formado por mim (voz, guitarra e sintetizadores) e por Gustavo Brown (baixo, guitarra e sintetizadores).
O que mais marcou vocês durante a gravação do primeiro álbum?
Syd - Foram 3 anos estudando produção musical, edição de áudio e gravando esse disco que é a realização de um sonho que Deus colocou em meu coração quando eu ainda era uma criança que sequer sonhava em ser um servo dEle. Durante esse período vivi altos e baixos, períodos de prosperidade e também de desemprego, momentos de alegria e de desesperança. Deus estava comigo sempre! Cada sentimento está impresso em cada nota musical gravada e em cada palavra cantada. Havia madrugadas de choro e angústia e em seguida Deus me dava um riff de guitarra ou o tema de cordas para uma determinada canção. Enfim, ao longo desse período Deus me fez de fato sentir o que estava cantando. Não são palavras aleatórias entoadas buscando apenas perfeição melódica.
É muito mais que isso. Ali canto “Não vou temer, não vou me entregar porque sei que meu Deus a vitória fará derramar em meu viver” (“Certeza de Vitória”), “Sei que Jesus Cristo é meu escudo e proteção e que contra todo mal Seu poder e glória prevalecerão” (“Escudo e Proteção”), “Deus Pai, quero te agradecer” (“Vida”), “Eu me afastei da Tua proteção, flechas fazem sangrar meu coração, mas eu quero voltar e em Teus braços chorar e ser só Teu” (“Redenção”) sentindo exatamente o que estava sendo pronunciado. Em cada canção está meu testemunho de ter sido curado de uma enfermidade que me fez sofrer por 17 anos, tem o testemunho de ter tido sonhos realizados pela misericórdia de Deus. Gravar músicas de louvor e adoração a Deus não é e nunca deve ser algo protocolar, cumprimento de contrato ou atividade burocrática. Música já é algo que deve ter emoção no estágio mais elevado, e se for pra falar de Deus então, tem que ser uma experiência de entrega nas mãos d´Ele e ser além dos limites da alma e do coração.
Qual o estilo e a sonoridade do disco?
Syd - Eu e Gustavo somos aficionados por tecnologia do áudio, temos nosso próprio estúdio, e isso nos permite experimentar timbres e sons diferentes até encontrarmos o que realmente queremos. Gostamos dos timbres clássicos de guitarras les paul, telecaster, stratocaster e semi-acússticas e combinamos a isso os instrumentos virtuais (VST) que emulam minimoogs, melotrons, cordas, órgãos e sintetizadores diversos. Gostamos dos timbres dos anos 60,70 e 80 e o cd tem essa característica, mas claro, com um toque contemporâneo. “Carpe Diem” tem uma identidade típica dos anos 60, com a levada de bateria clássica dos hits da época. “Vida” tem temas com timbres de teclado e guitarras típicas dos anos 70. “Já Era Hora” é um synth pop anos 80 com riff de teclados. Enfim, nossas influências estão ali, porém de uma forma diluída, pois buscamos fazer algo original a partir de tudo que ouvimos.
E quanto às canções? Como foi o processo de seleção do repertório?
Syd - todas as músicas são de minha autoria e a inspiração para escrever cada uma delas foi meu relacionamento com Deus. É Ele quem me dá a inspiração para compor. Quanto à seleção de repertório, é um trabalho minucioso que requer uma dedicação toda especial. Eu penso no cd como uma obra que será ouvida do início ao fim, onde o músico levará o ouvinte por uma viagem onde lhe mostrará todos os sentimentos que estão em sua alma. Apesar de hoje em dia pouquíssimas pessoas ouvirem um álbum na sequência, preferindo ouvir as faixas de maneira avulsa no mp3 player, tive o cuidado organizar as faixas numa ordem em que houvesse uma dinâmica, ou seja, que mantivesse o ouvinte interessado. A arte do disco remete ao disco de vinil, representante de uma época em que ouvir um álbum era algo que se parava para fazer, acompanhando as letras, cantando junto, esmiuçando a ficha técnica, vendo as fotos, etc. Conceitualmente queríamos essa ideia de convidar o ouvinte a ouvir na íntegra, na ordem.
Qual ou quais músicas vocês destacariam neste trabalho?
Syd - Essa é uma pergunta interessante, pois a maioria dos compositores diz que as músicas que escrevem são como filhos, e desta forma, dizem ser impossível destacar a preferida. Comigo ocorre de forma diferente, pois há aquelas de que gosto mais. No entanto, nem sempre essas são as preferidas daqueles que apreciam nossas canções. Bom, diante disso prefiro omitir minhas preferências para não influenciar ninguém (risos). Por esse motivo optei por não por um título no cd que fizesse referência a uma das faixas, pois com isso acabaria colocando um peso excessivo sobre a faixa-título, e na minha opinião a audição de um disco é algo pessoal, pois cada ouvinte terá sua preferida, seja quanto à melodia ou quanto à letra que mais o emocionou.
Fale um pouco sobre o vídeo clipe “Carpe Diem”.
Syd - Sempre sonhei em ter um clipe em animação para uma música do Antiphona. Sou fã de animação desde criança e já frequentei incontáveis edições do festival Anima Mundi. O clipe de “Carpe Diem” foi feito pelo designer e cineasta brasileiro radicado no Canadá Dimitri Kozma. Eu era admirador do trabalho dele já há bastante tempo, e certa vez o adicionei no Facebook com o intuito de manifestar tal admiração. Disso resultou uma série de aprazíveis conversas e a proposta dele de fazermos esse projeto como uma parceria, ou seja, ele faria a animação em cima da música e eu cuidaria também dos efeitos, sons ambientes, enfim, dos detalhes finais do áudio. Foi um prazer indescritível trabalhar com o Dimitri, pois ele é uma pessoa bem humorada, inteligente, acessível e talentosíssima.
O clipe é lindo e agrada adultos e crianças graças a seus personagens cativantes e meigos. Tem todo um colorido que parece saltar pra fora da tela. A mensagem da canção é passada de forma plena e delicada. Estamos muito felizes com a repercussão que estamos obtendo. O clipe estreou bem nos festivais de animação, pois ficamos em 2º lugar no Festival do Minuto, do qual participamos com uma versão reduzida do clipe, e foi muito bem recebida, pois foi a única animação brasileira a ficar entre os 5 primeiros colocados.
Ainda sobre vídeo clipes. Como vocês enxergam esta ferramenta dentro do seu ministério?
Syd - E inegável que um videoclipe é um meio de divulgação fantástico de um cd. Assim tem sido desde os anos 80, com advento da MTV e investimentos milionários por parte das gravadoras nesse veículo audiovisual. Enfim, o clipe de “Carpe Diem” tem sido fundamental para que as pessoas conheçam o Antiphona.
Como você estão tratando sua identidade visual na web e nos meios de divulgação em geral?
Syd - A internet é a grande ferramenta. Estamos divulgando principalmente via Facebook e Twitter. Nossas músicas estão hospedadas no Soundcloud (http://soundcloud.com/antiphonarock) e em nosso site oficial (www.antiphona.com.br), e os vídeos estão em nosso canal no Youtube. Gosto de interagir com as pessoas que têm curtido nossas músicas. Temos feito grandes amigos dessa forma. Temos uma equipe pequena, porém muito eficiente, de assessores que cuidam de nossa divulgação nas redes sociais. Alguns sites populares e blogs independentes têm publicado sobre o cd e o clipe de “Carpe Diem”, o que nos deixa muito felizes, pois faz repercutir para todo o país. Graças a isso estamos recebendo encomendas de diversos estados.
O que vocês tem ouvido hoje em dia?
Syd – A gente ouve bastante coisa diferente, buscando principalmente bandas mais alternativas, tanto brasileiras quanto estrangeiras. Tenho ouvido a banda americana de folk rock dos anos 90 Grant Lee Buffalo, o Power grupo progressivo Transatlantic, Leeland (em especial o disco “Sound of Melodies”) e o novo cd do Neal Morse (músico crstão americano) chamado “Momentum”. Além disso, estou sempre ouvindo bandas dos anos 60, 70, 80 e música clássica. Aliás, uma das canções do disco, “Horizonte”, traz uma citação de Preludes opus 28 nº 7 de Chopin na introdução. No recente single inédito que lançamos (não está no cd), “When the Evening´s Shadows Become a Soft Daylight”, há uma referência a Opus 50 em lá menor de Tchaikovsky na introdução (na versão completa) e no final.
Qual a opinião de vocês em relação a esta abertura que a mídia secular está dando para os evangélicos?
Syd - Essa é uma questão que merece reflexão. Há o lado bom e o lado que merece cautela. Veja bem, os evangélicos são expressiva parcela da população brasileira e são um mercado consumidor significativo. Segundo o IBGE, o número de evangélicos cresceu 61% em 10 anos (de 2000 a 2010).
Hoje somos 22% da população brasileira. Os grandes meios de comunicação, que até bem pouco tempo descreviam os evangélicos de maneira estereotipada em suas novelas e seriados, começaram a ver um forte potencial de consumo em nós, principalmente no consumo de CDs. Os crentes não compram CDs piratas, e se compram é muito raro, com percentuais que nem chegam perto daqueles da música secular. Claro que existe o lado bom dessa abertura no que tange a um alcance maior do evangelho em nosso país, porém, isso aumenta a responsabilidade e a exige maior posição crítica dos músicos evangélicos. Os nossos valores não mudam, pois estão na bíblia e esses não são adaptáveis às conveniências humanas. Se uma emissora trata os evangélicos com desrespeito ou nos afronta com valores que vão contra ao que está na bíblia, os músicos contratados de gravadoras ligadas a essas emissoras não podem se calar em hipótese alguma. Muito pelo contrário, devem ser ainda mais enfáticos naquilo que acreditam.
A cada dia vemos crescer o uso de meios eletrônicos, como o Twitter, o MySpace, Orkut, Youtube, entre outros, para divulgação do trabalho. O que vocês acham dessas novas opções de mídia?
Syd - A internet veio revolucionar de maneira definitiva a forma de se fazer e divulgar música. Pessoas do mundo todo têm ouvido nossa música e visto nosso clipe. O Dimitri tem divulgado o clipe entre os fãs de animação em diversos países e isso desperta o interesse em nossas outras músicas. Tenho acompanhado os relatórios de acesso por região tanto do Youtube quanto do provedor de hospedagem do nosso site. É realmente fantástico imaginar que sua música pode chegar rapidamente a tantas pessoas, o que era inimaginável nos anos 90. As pessoas compartilham interesses e preferências de maneira instantânea via redes sociais, e isso para nós músicos independentes é muito bom.
Quais os seus planos para 2013?
Syd - Estamos retomando os ensaios com o objetivo de tocar ao vivo, louvar e adorar a Deus nas igrejas, dando nosso testemunho de fé em Cristo. Paralelamente a isso estamos nos dedicando ao projeto cujo título provisório é “Acoustic Sessions” que, como o próprio nome diz, consiste de músicas em formato acústico, ou algo bem próximo disso, com violões de 12 cordas, bandolim, guitarras semi-acústicas, pianos, cordas, órgãos, etc. Traremos tanto versões de algumas músicas desse primeiro cd quanto composições inéditas, algumas delas em inglês. Lançaremos uma música por mês pela internet, sempre enviando com exclusividade antes para aqueles que adquiriram o cd. Será uma forma de demonstrarmos gratidão a aqueles que nos têm apoiado comprando nosso cd. Talvez após todas as 10 músicas serem lançadas transformemos o projeto em cd físico.
Certamente lançaremos novos videoclipes. No momento estamos trabalhando com um artista plástico e designer aqui do Rio de Janeiro chamado Rafael Costa. Foi ele que cuidou de toda arte do nosso cd e do site, captando com grande inteligência o clima retrô das músicas. Alem disso, há grande probabilidade de que voltemos a trabalhar com Dimitri Kozma. Enfim, virão boas surpresas por ai.
Poderiam deixar um recado para nossos leitores?
Syd - Gostaria de deixar um grande abraço em meu nome e do Gustavo a todos os leitores do Supergospel e que Deus os abençoe grandemente. Agradeço pelo carinho que tem tido conosco, nos apoiando e ajudando a divulgar nosso trabalho.
Deixe aqui os seus Contatos:
Vendas: [email protected] / [email protected]
Youtube - link do clipe "Carpe Diem":
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=c5US-o5oouY
Site oficial da banda:
http://www.antiphona.com.br
Soundcloud:
http://soundcloud.com/antiphona-1/sets
http://soundcloud.com/antiphonarock
Facebook Fan Page:https://www.facebook.com/BandaAntiphona
Facebook Profile: https://www.facebook.com/Antiphonarock
Twitter: http://twitter.com/Antiphonarock
Ouças as músicas e saiba mais sobre:
Veja também no Super Gospel:
- Lucas Lima lança o clipe “Desce como Fogo” com participação especial de Diego Fernandes
- Flavio Vasques lança “Mais Fogo, Mais Glória”: Um clamor por presença real e contínua
- Leo Fonseca lança “Diferente da Multidão – AO VIVO” pela Flame Music: uma declaração de fé e identidade em Cristo
- Niwton Barros Lidera Celebração de 8 Anos da Bless Music no RJ
Comentários
Para comentar, é preciso estar logado.
Faça seu Login ou Cadastre-se
Se preferir você pode Entrar com Facebook