Na terra das aparências (Virtud)

Os caras do Virtud apresentam um pop rock moderno e bem misturado com direito a Rap. A primeira faixa "Tarde demais" começa com o som de uma sirene, nada novo em uma produção, bem empregada, que segue bem para o começo do trabalho, destacando o vocal bem colocado, uma característica do Virtud é esse vocal que eu classifico como eficaz. A segunda faixa "Viver Assim" é uma New Metal que detona o preconceito religioso "Esqueça os velhos preconceitos da religião. A mente humana não conhece a solução". Nessa faixa as participações de DJ Alpiste e scratch do DJ Régis (Família Provérbio X).

O CD começa a ficar segmentando as baladas com as faixas a seguir, "O Poder do Amor" e a belíssima canção "Entrega" que têm um riff de guitarra muito bom, com um solo de piano de Jean (Oficina G3), ninguém melhor para fazer essa participação em Na Terra das Aparências, a música "Entrega" ficou tipo Virtud G3. É um ótimo trabalho, pop. Com a faixa "Fred" um punk rock, o cd volta à boa pegada do Virtud, essa música é uma espécie genérica de Jonny "Katsbarnea" ou Jimmy "Fruto Sagrado" Mais um Dia (Tentar Viver). Com essa canção o CD volta a ficar lento, apesar dessa faixa parecer que ia entrar rasgando para o new metal, é... Não rasgou, mas mesmo assim é irada! "Todas as Canções", é uma faixa onde o baixo foi muito bem aproveitado, com uma letra que retrata a maravilhosa e excelente arte da capa do cd "Na Terra das Aparências" (Nota 10!). O rock segue com "Pronto Pra Te Ouvir" e é interrompida com, mas uma balada "A Saída" um belíssimo hit para as rádios, "Dizer Adeus" e a acústica "Not Alone" são duas canções encomendadas pelas rádios, acredito que o Virtud finalizou o CD de forma muito lenta.

Na realidade o CD "Na Terra Das Aparências" é um belo trabalho do Virtud no melhor estilo pop rock de Brasília (DF). Acredito que se o Virtud não partir para um rock sem um exagero de tantas baladas teremos poucas bandas representando o bom e velho rock and roll no cenário gospel brasileiro. A banda tem uma capacidade de fazer um som fora do convencional de altíssima qualidade, cadê músicas como "Ele Vai Voltar" nesse novo trabalho? Vamos mais um dia (Tentar viver) ouvindo bandas de rock aventurando-se nesse mercado pop rock gospel para agradar a todos. Uma banda que surgiu de uma difusão da antiga Kadesh poderia na terra das aparências, aparentar um rock nada pop colocando apenas uma ou duas no Maximo três baladinhas, senão não haverá novos dinossauros do rock cristão.

Funk, Folk, Rap, Punk e Eletrônico misturado no melhor estilo pop rock moderno, sem duvidas é um CD com a cara das novas exigências das exigentes rádios cristãs brasileiras. Tipo, que tal ter um visual rock e tocar pop? A participação da dobradinha de Dee Jays; Alpiste e Regis em "Viver Assim" são um tiro no sistema, "O sistema do mundo quer me escravizar me dizer o que fazer". Esta, sem dúvida, é a música que com ousadia o Virtud detonou nesse trabalho.

É um ótimo CD para quem aprecia um pop rock moderno de alta qualidade com bons arranjos e letras super trabalhadas como; "Os valores mudaram e dá pra ver em tantos olhos, ausência de Deus". Na Terra Das Aparências ". Letras como essa é marca autentica de uma ótima banda". Vejo o compromisso que o Virtud teve em passar a mensagem de forma excelente com letras totalmente de evangelismo. Essa é uma excelente característica do Virtud, a espiritualidade na letra da banda é algo fundamental.

No Geral, acredito que o primeiro CD teve momentos segmentados ao bom e velho rock and roll, Neste CD o Virtud escolheu o pop, dessa forma vejo um futuro sem dinossauros do rock, uma coisa não dá para negar os fãs aumentaram de forma incontrolável.

Formação: Junior Rapa, Fernando Modesto e Ricardinho Brandão.

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