Análises

Redemption Songs (Jars of Clay)

Éber Freitas Dias em 02/06/05 8109 visualizações
Sempre que ouço um novo disco do Jars of Clay, me esqueço de todas as bandas que eu sempre disse que eram minhas favoritas e me devoto a eles. Foi isto que aconteceu quando eles lançaram "Furthermore" (2003) e "Who We Are Instead" (2003), seus dois últimos discos. Mas ao ouvir "Redemption Songs" isto não aconteceu.

"Redemption Songs" é um disco com versões de alguns hinos tradicionais. A intenção é aquela mesma... De dar a hinos antigos uma linguagem musical mais atual, mais acessível para as pessoas de hoje. São hinos que possuem grandes valores e verdades espirituais em suas letras e que não devem cair no esquecimento. Não contentes em apenas criar versões para os hinos, eles se apropriaram dos mesmos e reconstruíram cada um ao estilo Jars of Clay.

O tipo do som é ditado pela atmosfera que envolve o disco anterior da banda, Who We Are Instead, disco este que marcou profundamente sua carreira por reestruturar todo o som da banda saindo de um pop rock [de alto bom gosto] para influências country e southern, abusando dos violões e elementos acústicos.

De início você pode ouvir o hino "God, Be Merciful to Me", canção escrita em 1853, mas que com os novos arranjos, parece ter sido escrita nos dias atuais. Já o hino "I Need Thee Every Hour", conhecido aqui no Brasil como "Necessitado" [encontrado no Cantor Cristão], recebeu um arranjo bem próprio e atual.

A maioria das músicas segue a linha country/southern, outras porém, como "God Will Lift up Your Head" [um dos grandes destaques do cd] possuem uma veia mais pop, mas sem se apartar muito dos arranjos acústicos. "On Jordan's Stormy Banks I Stand" e "Nothing But The Blood" contam com a participação do conceituado grupo gospel The Blind Boys of Alabama, enquanto "I'll Fly Away" e "Let Us Love And Sing And Wonder" contam com as participações da cantora pop Sarah Kelly e do vocalista da banda Delirious, Martin Smith, respectivamente.

"It is Well With My Soul" [Sou Feliz Com Jesus] pode ser a grande surpresa do disco, com um arranjo um tanto quanto diferente, cheio de dissonâncias características da música vinda do sul dos EUA. Eu particularmente gostei muito, mas as opiniões são bem divergentes. Ouça e tire suas próprias conclusões.

Jars of Clay nunca lançou um disco ruim, e este não é diferente. Com certeza a banda atingiu seu objetivo de atualizar hinos antigos e torná-los tão agradáveis ao ouvindo contemporâneo quanto se você estivesse ouvindo canções de louvor e adoração atuais. No final das contas, "Redemption Songs" se mantém no mesmo patamar de "Who We Are Instead", o que é ótimo, mas não é novidade. É mais música de altíssima qualidade para se ouvir!
Redemption Songs

(CD) 01/05


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