Profetizando às nações (Fernanda Brum)

Consolidada como uma das maiores cantoras da música gospel, Fernanda Brum consegue agradar a muitos por seu estilo único, e sua espiritualidade e comunhão com Deus – fato que mostrou-se como nítido em seu último álbum (Apenas um toque), que rendeu à cantora o disco de platina por mais de 125 mil cópias vendidas. E depois de apresentar esse “banho” de adoração, Fernanda apresenta um dos mais diferentes projetos da música evangélica nacional: Profetizando às nações. O tema já demonstra o enfoque intencional na área de missões e além de excelente produção, reverte uma parte da renda adquirida para o projeto Portas Abertas. A capa é um diferencial à parte e o álbum, com certeza, mais um marco no ministério de Fernanda Brum.

A faixa 1, “Eu vou (África) ”, é a primeira faixa de trabalho do álbum e já conquista o público por onde é executada. Da autoria de Livinsgton Farias, a canção tem um arranjo inicial que consegue mostrar “a que veio o CD”. Depois vai ganhando força com a forte letra “Como ouvirão senão há quem pregue? Como pregar se ninguém se dispõe a ir?” A canção passeia por vários países, e quando vem o momento do Brasil, entra um ritmo de samba, bem característico do país.

A faixa título do CD, “Profetizando às nações”, foi composta por Emerson Pinheiro, e agrada por seus belos arranjos de teclado e violino. Inicia com uma locução de Isaac (filho de Fernanda Brum): Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor.

“Aos teus pés” é muito mais que uma canção de adoração e apresenta uma humilhação pedindo purificação e restauração. Surge, principalmente no coro, com bons arranjos de bateria, e no interlúdio com belo arranjo de violino mesclado às guitarras. Composição de Luiz Arcanjo e Deco.

A faixa 4, “Peniel” fala sobre arrependimento e marca quando diz: “Vou morrer, morrer pra mim mesmo e mudar minha história pra sempre”. Também apresenta belo arranjo de violino, o vocal aparece bem destacado e participativo e agrada.

“Filho de Davi” é a faixa 5 e foi composta por Emerson Pinheiro em parceria com Davi Fernandes. Apresentando uma balada eletrônica em seu início, a canção ganha muita força no coro, e repete muitas vezes: “Filho de Davi tenha compaixão de mim.” Como no início a canção diz que “...ele não mudou, ele é o mesmo Deus...” acredita-se que a intenção seja demonstrar que o Deus que atuou no passado possa fazer o mesmo milagre hoje também. Apesar de estar em estúdio, Fernanda ministra bastante nesta canção enquanto o vocal vem trazendo perfeita harmonia.

“Vem com tua onda” traz um ritmo egípcio em seu início e fala sobre avivamento, glória de Deus e poder. Foi composta por Emerson Pinheiro e Fernanda Brum. A guitarra aparece bem destacada em alguns momentos, principalmente nos momentos em que Fernanda Brum profetiza sobre os quatro cantos da Terra.

A faixa 7, “Redenção” traz um bem bolado arranjo de teclado no início e aborda sobre o sacrifício de Jesus por cada um de nós. O refrão é “potente” e o vocal se destaca por maciça participação (Time formado por nomes como Nádia Santolli e Marquinhos Menezes). A guitarra também destaca-se no interlúdio, nesta faixa composta por Emerson Pinheiro e Fernanda Brum.

“Jesus, meu primeiro amor” é da composição do Pr. Antônio Cirilo (“Especialista” em canções de adoração), e é uma faixa de adoração com contrito, com declarações de amor a Deus e percebe-se o coração aberto da intérprete em todos os momentos da canção. A faixa conta com a participação especial de Ariane, discípula de Fernanda Brum, e o dueto ficou excelente. No final a canção inclusive tem algumas partes de uma antiga canção da Comunidade da Vila da Penha.

Foi Eyshila quem compôs a canção “Glória da segunda casa” que apresenta uma batida bem mais leve do que as outras faixas, mais calma, mas com um efeito “transformador”. Conta também com belos arranjos de violino.

A faixa 10, “Vale de ossos secos”, conta com uma balada eletrônica em seu início e fala sobre a passagem do vale de ossos secos descrita em Ezequiel, falando sobre os dias de hoje. Composição de Livinsgton Farias e Fernanda Brum.

“Na corte do Egito” é a única faixa com arranjo pop do CD, e fala sobre santidade. A bateria está muito bem colocada, assim como o vocal. Ideal para louvar nas Igrejas.

“Outra vez” foi composta por Emerson Pinheiro, Fernanda Brum e Klênio e aborda sobre pregar clamar e falar sobre Deus e suas maravilhas quantas vezes for necessário. Conta com a participação especial de Marcus Salles, da banda Quatro por Um. Destaque também para a bateria bem colocada.

O título da faixa 13 já prevê o que vem a ser a canção: “Unção de ousadia”. A percurssão é maciça e perfeita. O vocal aparece bem destacado e em certo momento há um momento de ministração que muito se assemelha com o momento de ministração que há no DVD “Apenas um toque”. Composição de Davi Fernandes e Jill Viegas.

A faixa 14, “Paz pra Jerusalém” inicia com o violino seguido por uma oração em hebraico feita pelo Reverendo Joaquim Cantagalli. Baseada em Isaías 62, a canção pede paz para aquela cidade de forma muito contrita. Parece que a cada canção vemos o propósito de Deus sendo estabelecido e cumprido através do álbum.

“Dias de Elias” foi composta por Emerson Pinheiro, Fernanda Brum e Livinsgton Farias e fala sobre avivamento e despertamento – algo prometido para nós. Vem com belos arranjos de guitarra.

“Me arrependo” fecha este álbum com chave de ouro. O piano muito bem colocado durante toda a canção, traz à tona a necessidade do arrependimento. Fernanda Brum faz uma emocionante ministração no interlúdio da canção. A canção foi composta por Emerson Pinheiro, Fernanda Brum e Kleber Lucas.

Realmente é difícil lançar CD’s de adoração, ou pop, ou rock, ou românticos. É complexo, exige esforço da produção e de todos os envolvidos. Porém, este projeto de Fernanda Brum é muito mais do que um CD. É uma atitude que todos os evangélicos do planeta deveriam ter. Não o ato de lançar o CD, mas o ato profetizar às nações, de pregar aos povos, de divulgar o evangelho. Este álbum conseguiu trazer algo de muito diferente e ainda está primorosamente produzido por Emerson Pinheiro. Louvado seja Deus por este projeto, que não é mais álbum, e sim uma verdadeira obra missionária.

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