Notícias

Confira nossa conversa com Paulo César Baruk sobre novo álbum - Piano e Voz, Amigos e Pertences 2

Redação em 09/05/17 1360 visualizações

Paulo César Baruk que, em cerca de 15 anos, constituiu uma parceria bem-sucedida com o pianista Leandro Rodrigues, agora comemora e se despede do músico com Piano e Voz, Amigos e Pertences 2. O registro de regravações e duas inéditas está sendo disponibilizado pela gravadora paulista Musile Records nesta semana. Baruk cedeu uma entrevista à nossa equipe e disse sobre o projeto, repertório e conceito visual do disco, disponível em CD e DVD.


Baruk, pela sua obra, é notável que és fã de vários artistas e bandas, como Rebanhão e Grupo Logos. Desta vez, no seu novo trabalho, teve até regravações de Resgate e Oficina G3, bandas com maior influência do rock. O repertório foi totalmente escolhido por você ou os fãs te ajudaram na escolha?

O formato planejado para o PVAP sempre optou como critério a escolha de canções que marcaram tanto a minha trajetória como a do Leandro Rodrigues. Seriam músicas que nos remeteriam a algum momento de nossas vidas, não apenas para nos permitir mergulhar no saudosismo, mas principalmente para trazer à nossa memória aquilo que sempre nos deu esperança, isto é, a Palavra cantada ainda que nos mais variados estilos. Levando isso em consideração não tínhamos como deixar de fora Oficina G3 e Resgate, por exemplo.


Além da participação do Pr. Paulo Cezar, que já se fez presente no primeiro volume, neste trabalho você dueta com Laura Souguellis. Como se deu essa parceria entre vocês?

Conheci pessoalmente a Laura num evento no Rio de Janeiro e fui muito impactado por sua gentileza e simplicidade. Conversamos por alguns minutos e, poucos instantes depois, consegui ouvir rapidamente sua passagem de som, fiquei impressionado com o talento e especialmente a singularidade de seu timbre. Nos encontramos em alguns eventos e em aeroportos mas, um pouco acanhado em estender o convite, acabei pedindo para um amigo incomum perguntar se ela toparia a participação. A resposta não poderia nos deixar mais felizes e gratos. Sim, teríamos o registro de sua voz conosco em uma de nossas canções preferidas, “Não Tenhas Sobre Ti".


O repertório é composto majoritariamente por canções mais intimistas, mas neste disco você trouxe "Palácios", do Rebanhão, que centra uma crítica social bastante atual. Você acredita que essa música, em específico, reflete ainda a política brasileira atual?

Sim, acredito demais na atualidade dessa música, mas confesso que não a escolhemos especificamente pelo momento presente do nosso país e sim pela realidade a longo e curto prazo, vivida por nós brasileiros. No entanto, a maior inquietação é gerada pela pergunta que aguarda a resposta de cada indivíduo, a começar de mim: De que lado a gente está?


O single "Tua Forte Mão" é uma composição de Dell Cordeiro. Por que você escolheu gravar esta música para o projeto?

Tive a imensa honra e alegria de ser apresentado ao Dell no Rio de Janeiro pelo amigo Lincoln Lyra. Um tempo depois fui sondado sobre a possibilidade de produzir e participar dessa música com o Dell. Obviamente topei a proposta e me apaixonei pela composição completa, melodia e letra, então pedi para regravá-la no PVAP2. Dell Cordeiro gentilmente disse sim e eu, agradecido, sorri (risos).


Aliás, pelo clipe divulgado, percebe que o DVD, dirigido por Frauzilino Jr conta com um conceito bem minimalista. Como surgiu essa idéia estética para a gravação?

O cenário retrata bem a parceria de aproximadamente 15 anos com o Leandro Rodrigues. Ao longo de boa parte desse tempo era assim que a gente vivia. Quando tínhamos ideias musicais para a banda e ministério, dirigíamos um para casa/estúdio do outro para o registro sonoro do que pensávamos, o conceito do contorno da casa surge daí. O minimalismo, propondo a desmistificação da necessidade de um lugar glamoroso para produzirmos algo que inspirasse pessoas e as convidassem a olhar para muito acima de nós, para o doador dos talentos e da vida. No início dessa amizade musical entre o Leandro e eu, tudo era muito precário, equipamentos e instalações, enfim. Fazíamos na raça e sempre dependendo de Deus. Permanecemos nessa mesma dependência, mas hoje, felizmente, dispomos de excelente equipamento e mão de obra. Damos graças e glória a Deus por tudo isso.


O trabalho marca uma "despedida" da parceria entre você e o tecladista Leandro Rodrigues. Na sua visão, qual foi o maior ganho que você teve, em termos artísticos, com a companhia de Leandro?

Aprendi muito com o Leandro e sempre aprenderei, me refiro não apenas a arte, mas também a vida. Pretendemos levar essa amizade para toda a nossa existência, nossas famílias se amam e nós também. Nem sempre estaremos juntos daqui pra frente, mas a consideração será a mesma e até maior já que, estando mais afastados, sentiremos mais saudades e cada encontro será uma festa (risos).

Ouças as músicas e saiba mais sobre:

Veja também no Super Gospel:


Comentários

Para comentar, é preciso estar logado.

Faça seu Login ou Cadastre-se

Se preferir você pode Entrar com Facebook