Notícias

Leandro Rodrigues fala sobre música em geral, além dos bastidores de Amigos e Pertences e Eletro 3

Roberto Azevedo em 29/11/11 6594 visualizações
Supergospel - Leandro Rodrigues, poderia nos contar como foi seu início na área de música?

Comecei a estudar música aos sete anos de idade, graças aos meus pais, que tinham esse sonho. Profissionalmente só aos 17 anos, quando fui convidado a tocar na banda Kadoshi, pelos meus amigos Samuca e Ted furtado. Neste mesmo ano me tornei diretor musical da Mara Maravilha.

Supergospel - Além de pianista, você também é produtor. Poderia nos contar com quem você já tocou e também quem você já produziu?

Além dos nomes já citados, trabalhei com muitos nomes da MPB e música evangélica, entre eles, Grupo Art Popular, Adriana Ribeiro, Juliano César e tive a honra de gravar o DVD de 60 anos de carreira dos Dêmonios da Garoa.

Depois mudei o rumo para o gospel, onde toquei ou gravei nomes como, Maurílio Santos, Elaine de Jesus, Paulinho Makuko, Eduardo e Silvana, Luíz de Carvalho, Lauriete, Damares, Fellipe Magalhães, Paulo César Baruk, entre outros.

Supergospel - Qual o seu setup atual em relação a instrumentos e softwares?

Atualmente estou usando um Nord Stage EX (o top rs), mas tenho também um Kurzweil que me indentifico muito e uma grande livraria no notebook.

Supergospel - Ao lado de Alexandre Mariano e Junior Sanches, você compõe a banda Salluz. Quais as experiências em fazer parte dessa gig?

O Baruk também, ele é o vocalista da banda Salluz (rs). Eles são pessoas fantásticas antes de falarmos da musicalidade. Realmente só pelo ministério pra deixarmos a família tantas vezes e pegarmos a estrada.

Estar ao lado deles faz toda a diferença pra sentir prazer em viajar. No palco é uma alegria. Só de olhar já nos entendemos, inclusive o integrante mais novo que está apenas dois anos na banda, que é o Juninho, um garoto prodígio na bateria.

Juntos na estrada nos divertimos e também temos oportunidades de ajudar uns aos outros nas dificuldades e trocamos muitas experiências, além de estudarmos a palavra juntos, como uma família.

Supergospel - Em 2009, você e o P. C. Baruk se uniram e lançaram o cd “Piano e Voz, Amigos e Pertences”. Como surgiu a idéia dessa parceria?

Da minha parte surgiu da necessidade que sentia em lançar um trabalho solo, inclusive por incentivo do Baruk, mas eu não saía do lugar por excesso de crítica própria. (rs)

Então decidi propôr a ele fazermos uma parceria de voz e piano, pois naquele momento instrumental não sairia. O Baruk tinha um sonho de regravar canções e juntou com minha idéia. Daí vocês já sabem.

Supergospel - Existe algum conceito por trás da criação dos arranjos? Que tipo de concepção musical você quis passar nesta produção cujo repertório é basicamente de regravações de hinos já conhecidos?

Sabíamos que não seria fácil pegar sucessos que todo mundo já estava acostumado com os arranjos originais e também já tinham sido regravados de diversas formas. Sendo assim fomos mais pelo feeling e com o cuidado de realmente mudar o arranjo, exceto as músicas que eram apenas piano e voz, nessas sentamos e interpretamos como fazemos no dia a dia simplesmente.

Supergospel - Quanto tempo vocês ficaram projetando este álbum? Foi difícil chegar no repertório final?

Foi fácil escolher o repertório, pois cada um apresentava o que tinha marcado a própria vida e a partir daí a Gravadora Salluz disse o que seria autorizado.

Pra vocês terem uma idéia, eu peguei um book de partituras que ganhei quando criança e aprendi muitas cifras ali (rs), estava com as páginas amareladas e falei pro Baruk : Tem que ter alguma música daqui. O tempo do projeto foi bem rápido e agradável,inclusive gravá-lo.

Supergospel - E o DVD? O que pode nos contar sobre a experiência de fazer um registro áudio visual em estúdio? Outra perguntinha: Foi tudo realmente regravado do zero ou vocês usaram as bases que já estavam prontas do cd?

Que pergunta indiscreta (rs). 80% foi regravado, pois não aceitaríamos ouvir uma coisa e assistir outra, mas não tivemos muito tempo pra refazer o coral por exemplo.

Gravar um DVD é um pouco cansativo a ponto de você ficar sem noção de como ser o resultado, mas estar com tantos amigos em tão pouco tempo é muito bom e quando chega o vídeo finalizado então....rs

Supergospel – No dia 11/11/11 Paulo Cesar Baruk e Banda Salluz gravaram o tão esperado Eletro Acústico 3. Como foi produzir, arranjar e dirigir este projeto?

É muito bom trabalhar com liberdade e o Baruk me dá essa liberdade, além de que, eu faço parte disso e considero meu trabalho.

Por outro lado é o DVD/CD de maior responsabilidade pra nós, porque todos que nos conhecem esperam muita qualidade e novidades e isso vira uma pressão. Mas resumindo, foi muito prazeroso.

Supergospel - Como foi a escolha do repertório? Teremos algumas novidades?

Teremos não tivemos. (rs) Quem foi ao evento já descobriu tudo. O repertório a princípio foi selecionar as músicas do CD mais recente que caberiam no conceito Eletroacústico, depois somar com uma pitada de sons que tocamos no dia a dia como o Baião (Banda rebanhão ) e Tributo a Yeoah (Adhemar de Campos) e finalmente uma pitada de canções novas, inclusive a de abertura do show que será lançada agora, que foi uma composição minha com letra do Baruk. Essa, específicamente, foi fabricada (rs ) para o Eletro 3.

Supergospel - Um cd é lançado hoje e quase que de forma simultânea, o mesmo já esta disponível na internet para download. Isso sem falarmos nos cds piratas vendidos sem a menor cerimônia nas ruas e esquinas da cidade. Qual a sua opinião em relação a esse "mercado cinza" ? Você acha que as gravadoras estariam realizando investimentos mais ousados se não houvesse essa atividade paralela?

Acho que tudo legalizado realmente torna o produto caro, isso justifica o preço que chega nas lojas, inclusive os impostos altos do governo. Mas se analizarmos um Cd custa o preço de uma pizza e com esse valor toda essa economia fonográfica sobreviverá, desde o vendedor até o compositor, técnicos e artistas e assim teremos mais investimentos e o cilco nunca acabará.

Agora com uma economia de poucos reais acabamos com tudo isso, fechando principalmente as pequenas gravadoras e o sonho de muitas pessoas. Isso sem citar que estamos alimentando um crime, o que acredito ser pecado.

Supergospel - Vamos supor que uma pessoa nunca ouviu música gospel, e deseja que você recomende para ela 6 CDs evangélicos dos mais variados estilos, mas com qualidade. Quais CDs você recomendaria?

Eletroacústico 3 – P.C. Baruk - (louvor) / Palavras – Thiago Grulha - (reflexão e letras fantásticas) / Além dos olhos – Fellipe Magalhães - (voz diferenciada e letras lindas) / De todo o meu coração – Queila Martins (pentecostal moderno) / Promessa – Silvana Marques (pop moderno, linda voz)

Supergospel – E no âmbito geral? Poderia citar para nossos leitores os 10 melhores CDs da sua vida?

Ouvi dizer (grupo elo), Piano e voz, amigos e pertences (P.C. Baruk e Leandro Rodrigues), Fruto dos Lábios (Adhemar de campos), Fim dos tempos (Actos 2), Leeland -Sounds of Melodies (Leeland) e Viva La vida (Coldplay)

Durante minha infância até hoje, sempre gostei de Rock, seja secular ou gospel, mas como toquei muito MPB e Gospel raiz, acabo tendo um estilo próprio misturado. (rs) .

Pra mim as maiores bandas da atualidade são U2 e Coldplay, no gospel Anthony Evans e Hillsong.

Supergospel - Como produtor, como você avalia a evolução das produções dos CDs evangélicos no Brasil e no exterior?

A qualidade técnica está subindo, mas na criação sempre vemos produtores de um estilo querendo fazer todos e nunca alcançam uma perfeição, isso acontece por que a música nacional evangélica segue a tendência de fora e no momento estamos seguindo o pop rock e tentar produzir sem ter conhecimento profundo no estilo não funciona.

Supergospel - A cada dia vemos crescer o uso de meios eletrônicos, como o Twitter, o MySpace, Orkut, Youtube, entre outros, para divulgação do trabalho. O que você acha dessas novas opções de mídia?

Fantásticas, poderemos cada vez mais ter artistas independentes se destacando por utilizar essa mídia mais barata e até gratuita, a fatia do mercado que era pra poucos ganharem muito será dividida.

Supergospel - Se você tivesse que escolher dois conselhos para dar aos produtores - um na área musical e outra na área espiritual - que conselhos você daria?

Estudem, ouçam e testem. Arrisquem e não enrolem seus clientes. Peçam sempre direção e inspiração pra Deus, ele nos capacita a cada dia. Não deixem os cantores gravarem heresias.

Supergospel - De tudo o que foi perguntado aqui, o que você gostaria que todos soubessem ao seu respeito?

Não sou tão chato assim como pareceu.rs

Supergospel - Para encerrar, quais são os seus projetos e o que você espera no ano de 2012 para o seu ministério?

Produzir trabalhos que façam diferença, com cantores que queiram fazer diferença pra mudar pessoas e não para o seu próprio ego.

Espero viajar o Brasil todo com o show Eletro 3.

Contatos:
Site: leandrorodrigues.com.br
Twitter @leandropianista
Facebook: leandro rodrigues

Crédito das fotos:
Genesys Mioli



Ouças as músicas e saiba mais sobre:

Veja também no Super Gospel:

Roberto Azevedo

Editor-chefe do portal SuperGospel desde 2005, assessor de imprensa da cantora Marcela Taís desde 2012 e sócio da agência 2RA que hoje já conta com mais de 100 lançamentos nas plataformas digitais. Ainda exerce a função de Logística na MM7 Comunica, na AS Records, na Labidad Produções e na gravadora Futura Music (sediada na Bélgica) representando a empresa no Brasil.


Comentários

Para comentar, é preciso estar logado.

Faça seu Login ou Cadastre-se

Se preferir você pode Entrar com Facebook