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Ouvimos o primeiro trabalho de Bruno Branco, Lado a Lado. Confira nossos comentários

Thiago Junio em 26/10/15 1528 visualizações
O primeiro trabalho de Bruno Branco em sua carreira foi Lado a Lado, uma obra totalmente acústica, usando três violões, um banjo, escaleta e alguns recursos de percussão e interpretações vocais. Todas as canções foram compostas por Branco. O álbum foi produzido por Jordan Macedo, responsável por gravações de músicos e bandas como Thalles, Heloisa Rosa, Lucas Souza, Chris Durán e bandas como o Palavrantiga.

Mesmo seguindo esse tipo de proposta musical, Branco conseguiu fazer algo interessante, com grandes músicas. A proposta do álbum foi devidamente cumprida, desde a primeira canção até a última. Integrando a playlist de artistas folk na cena cristã juntamente com Marcela Taís, Os Arrais, e Eduardo Mano, o músico com influências desse gênero, pop rock e MPB, tem a habilidade de criar belas canções, ricas em poesias e arranjos que conseguem carregar o feeling de suas letras. Desse gênero musical que tem surgido na cena do chamado novo movimento, Bruno é indubitavelmente o melhor compositor.

Reforma é a melhor do projeto, expondo uma letra sobre o verdadeiro sentido da transformação de nosso ser: a capacidade de amar. Como diz os versos, "os loucos que amaram mais acharam a pérola perdida, os loucos que amaram menos, odres velhos vinho desperdiça". Simples, Canção pra Você, Flores e Vermelho Escarlate são outras canções magníficas. Saberás e Palavras Soltas em menor grau, também agradam. A faixa-título, Lado a Lado, é uma boa composição, mas não chega ao nível das outras canções do repertório.

A leveza e a simplicidade transmitida pelos arranjos e pelas letras sugerem realmente um disco para se estar lado a lado com as pessoas, e reflexões sobre o que é realmente importante na vida. É algo que deve ser apreciado não como uma obra religiosa, que é escutada nos cultos de domingo e esquecida na semana. Infelizmente, isto é um costume que permeia a falsa espiritualidade de muitos "cristãos de templo". As reflexões contidas neste trabalho devem ser mastigadas no cotidiano, acompanhadas por uma dose de convívio.

Simplicidade é algo que o disco, do início ao fim, sugere. E viver nas pegadas da simplicidade do Mestre significa, também, trocar as prioridades na vida. Não se torna apenas um conceito de aparência, na qual transforma apenas como nós portamos. Muda também nossos ideais, nossas buscas, os motivos das nossas orações. A vida é uma arte de amar as pessoas.

Thiago Junio é editor no portal O Propagador.
Lado a lado

(CD) 01/11


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