Análises
Ouvimos o disco Resgate Praise, um clássico na discografia da banda. Confira nossa opinião

O Resgate, em seus primeiros anos, trilhou um caminho progressivo a respeito de seu amadurecimento. Após o início da trajetória com Paulo Anhaia, a sonoridade do quarteto subiu imensamente de nível, como em On the Rock (lançado há quase 20 anos). Uma musicalidade envolvente, forte, sólida, com todos os elementos que caracterizam a banda: letras evangelísticas, questionadoras, às vezes com muito humor. Tudo isso é encontrado no disco que, na opinião de muitos outros, é o melhor trabalho do grupo.
Talvez o maior problema em lançar um bom disco seja no que virá. Por uma questão óbvia, todo artista e banda que se preze deseja se superar e produzir algo que não seja uma mera sequela do último trabalho. O Resgate, talvez até mesmo sem grandes pretensões alcançou isso no lançamento subsequente, Resgate (1997), que apresentou uma sonoridade totalmente imersa no britpop, com captações cruas e letras extremamente complexas e sérias acerca da realidade cristã.
Continuando a "série", a banda produziu Praise em 2000, que seguiu o rumo de Resgate em suas influências do rock londrino e mesclas southern. Desta vez, Paulo Anhaia e o quarteto decidiram investir em um som mais pop e letras de louvor comunitário. A proposta foi extremamente positiva, e o disco é, de longe um dos melhores do Resgate. Sua influência percebe-se em quase todos os discos seguintes lançados.
O hammond B3 de Pacciello torna-se fundamental em várias faixas, e tornou-se costumeiro a presença de pianos e órgãos na música do Resgate, ao contrário dos sintetizadores comuns nas bandas de rock cristão. Esta preferência apenas deu coro à proposta da banda em apresentar um som que faz fiel referência ao rock setentista, no qual possui várias influências.
Com refrães marcantes, como o da segunda canção, Praise tornou-se um repositório de hits, sustentado pelos back vocals de Daniel, Fati e Priscila. Se no disco anterior, todas as canções não utilizam backs, desta vez o recurso foi bastante explorado. Os riffs de guitarra de Zé e Hamilton exploram muitos timbres, assim como fora feito no último álbum, sendo fundamental na intro de algumas músicas, além da função cumprida conforme o necessário pelo baixista Marcelo Amorim.
Embora a captação de bateria de Jorge Bruno não soe tão singular como no disco anterior, Praise é o resultado de um período grandemente criativo do Resgate, impulsionado pela qualidade técnica da gravação, ocorrida no estúdio Midas. Infelizmente, sua sequência, Eu Continuo de Pé não obteve o mesmo êxito, no entanto, até hoje, o Resgate é uma das poucas bandas do nicho cristão a realmente tentar apresentar algo diferente para seu público, mesmo com tantos anos de carreira.
Talvez o maior problema em lançar um bom disco seja no que virá. Por uma questão óbvia, todo artista e banda que se preze deseja se superar e produzir algo que não seja uma mera sequela do último trabalho. O Resgate, talvez até mesmo sem grandes pretensões alcançou isso no lançamento subsequente, Resgate (1997), que apresentou uma sonoridade totalmente imersa no britpop, com captações cruas e letras extremamente complexas e sérias acerca da realidade cristã.
Continuando a "série", a banda produziu Praise em 2000, que seguiu o rumo de Resgate em suas influências do rock londrino e mesclas southern. Desta vez, Paulo Anhaia e o quarteto decidiram investir em um som mais pop e letras de louvor comunitário. A proposta foi extremamente positiva, e o disco é, de longe um dos melhores do Resgate. Sua influência percebe-se em quase todos os discos seguintes lançados.
O hammond B3 de Pacciello torna-se fundamental em várias faixas, e tornou-se costumeiro a presença de pianos e órgãos na música do Resgate, ao contrário dos sintetizadores comuns nas bandas de rock cristão. Esta preferência apenas deu coro à proposta da banda em apresentar um som que faz fiel referência ao rock setentista, no qual possui várias influências.
Com refrães marcantes, como o da segunda canção, Praise tornou-se um repositório de hits, sustentado pelos back vocals de Daniel, Fati e Priscila. Se no disco anterior, todas as canções não utilizam backs, desta vez o recurso foi bastante explorado. Os riffs de guitarra de Zé e Hamilton exploram muitos timbres, assim como fora feito no último álbum, sendo fundamental na intro de algumas músicas, além da função cumprida conforme o necessário pelo baixista Marcelo Amorim.
Embora a captação de bateria de Jorge Bruno não soe tão singular como no disco anterior, Praise é o resultado de um período grandemente criativo do Resgate, impulsionado pela qualidade técnica da gravação, ocorrida no estúdio Midas. Infelizmente, sua sequência, Eu Continuo de Pé não obteve o mesmo êxito, no entanto, até hoje, o Resgate é uma das poucas bandas do nicho cristão a realmente tentar apresentar algo diferente para seu público, mesmo com tantos anos de carreira.
Ouças as músicas e saiba mais sobre: Resgate
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Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
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