Análises

Ouvimos o álbum de Priscilla Alcântara - Até Sermos Um. Leia nossa crítica

Tiago Abreu em 18/01/16 6916 visualizações
Até Sermos Um, quarto disco solo de Priscilla Alcântara, foi produzido para soar como uma estreia. Com onze faixas assinadas por Alcântara e produção musical de Daniela Araújo e Jorginho Araújo, a obra tem o objetivo de lapidar Priscilla em direção a ser uma ícone jovem do cenário evangélico. Em comparação a Pra não me Perder (2012), o projeto é mais eficaz ao buscar referências pop. Jorginho, responsável pelos teclados e loops, aparece sem reservas na faixa de abertura Ressurgiu o Leão, enquanto Priscilla aposta em harmonias vocais dentro de maciços efeitos eletrônicos. A contragosto, o projeto demonstra forte fixação musical em Daniela Araújo. Sou Escolhido é claramente influenciada pelo indie pop, enquanto empresta elementos de "Abril - Nação da Cruz". As letras são verticais, e adentram experiências da intérprete (Espírito Santo, Meu Primeiro Amor) ou até mesmo reflexões pessoais (Exército). A cantora parece estar satisfeita pelo patamar de maturidade que alcançou nas texturas melancólicas e densas de Tudo é Teu, um dos pontos altos do repertório. Mas com tantas referências ao trabalho dos produtores, o disco soa estereotipado e previsível. O resultado é decepcionante: Em 42 minutos, Até Sermos Um não convence e deixa a dúvida se esta é realmente a identidade de Priscilla.

Nota: ★★☆☆
Até Sermos Um

(CD) 10/15

(3,8/5)
Total de votos: 4

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Ouças as músicas e saiba mais sobre: Priscilla Alcantara

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Tiago Abreu

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.


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