Conhecida por modificar seu som conforme as parcerias estabelecidas, Aline Barros reconhece o protagonismo do produtor musical Johnny Essi em
Viva após passado com Ruben di Souza que gerou Graça (2013) e o confuso Acenda a Sua Luz (2017). O resultado é o seu registro mais pop desde 2001 e o lançamento com menor intervalo de tempo em anos. Depois do desgaste de sua música demonstrado no projeto antecessor, Aline correu pelo rejuvenescimento por meio dos
singles Eternidade e
Amém, assinados em colaboração com o cantor Pr. Lucas. As duas canções, liricamente, não se distanciam do repertório
worship pós-2004 da cantora. Mas, musicalmente, são repletas de programações e efeitos, território comum do produtor, conhecido por ter trabalhado com nomes como L-Ton, Priscilla Alcantara e Mariah Gomes. Ou seja, por mais que algumas canções possam não alcançar o mesmo ponto de vigor e criatividade dos pontos mais altos da carreira da intérprete, a sonoridade é mais fundamentada. O tempo é o tema crescente no repertório.
Infinito traz a ressurreição para dizer "para sempre Ele reinará", enquanto
Redenção puxa pontos parecidos com frases de guitarra. Em outra direção,
Acredito Sim mantém a reminiscência aos versos intensos e carregados de certeza dos anos 90. A obra não indica somente força, mas também um sinal de que é um álbum mais descontraído. Em canções como
Viva Esperança e a eletropop sintética
Maravilhosa Graça, a cantora demonstra estar realmente satisfeita e comprometida com as músicas gravadas. Mais centrada e contextualizada ao seu tempo, Aline Barros exala pulsação em
Viva.
Avaliação: 3/5
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Aline Barros