Análises

Ouvimos o novo álbum de Ana Nóbrega - Perfeito Amor. Confira nosso review

Redação em 11/05/17 2512 visualizações
Ex-vocalista do Diante do Trono, Ana Nóbrega lança Perfeito Amor, um trabalho autoral e com colaborações feitas juntamente com outros compositores do cenário cristão.

Além disso, o disco conta com algumas versões sem perder sua essência. A artista, que dava prioridade ao repertório próprio, agora mostra mais maturidade ao abrir seu leque e, depois de lançar Jesus Me Rendo a Ti (2007), Nada Temerei (2013) e Não Me Deixes Desistir (2015), se mostra mais madura.

A produção musical ficou a cargo de André Aquino e Jonatas Félix, sob supervisão de seu marido Dvaldo Nóbrega. Gravado em São Paulo no estúdio Dove, o trabalho é o mais pop de toda a sua discografia.

A vibe bem pop, com fortes introduções de sintetizadores, é logo vista em Eu Te Exaltarei, que abre o disco com um refrão grudento. A mesma fórmula é seguida em Isso É Que É Viver, versão de “This Is Living”, do Hillsong Young & Free. No entanto, não perde as referências originais do arranjo e letra. Aliás, com a segunda voz de André Aquino, a música brilhou muito mais.

O clima festivo é concluído com a versão de “In The River”, do Jesus Culture, chamada Existe um Rio e com Cheios de Alegria. A primeira conta com significativos riffs de guitarra e uma batida contagiante. A segunda conta com uma musicalidade mais cadenciada e se destaca na temática, ao enfatizar alegria de sermos perseguidos pelo amor de Jesus, algo que é pouco relatado no cenário evangélico.

O momento contemplativo é conduzido com Meus Olhos Em Ti, Perfeito Amor, Ontem, Hoje e Sempre e Mais Perto, que contam com uma condução lírica que enfatiza a entrega em momentos de adoração. Um detalhe negativo acerca da obra é que, em termos de produção, a voz de Ana não teve tanto destaque em comparação ao ganho instrumental. Ao mesmo tempo, em algumas canções, sua impostação ficou um pouco anasalada, o que dificulta o entendimento de pequenos trechos das letras.

Oh, Quão Lindo Esse Nome É, versão de “What A Beautiful Name”, da Hillsong Worship, se mantém com o mesmo arranjo e ideia lírica. Vale destacar a belíssima interpretação de Nóbrega dotada pela personalidade, que evita comparações às performances vocais de Brook Fraser. A canção Quando Ele Vem foi escolhida como single, e conta com um belo arranjo. A faixa faz refletir acerca dos momentos em que não sabemos agir ou o que fazer quando recebemos a sua presença em nosso coração.

Outro aspecto de destaque está em Vem Incendiar, que conta com uma satisfatória inversão. A música já tinha sido gravada por André Aquino com a participação de Nóbrega. Nesta nova versão, se manteve a sonoridade original, mas com André em segundo plano. Da mesma forma, o álbum se conclui com Ele Vem (Alfa e Ômega).

Perfeito Amor é um grande trabalho. Definitivamente, Ana Nóbrega conseguiu se encontrar e amadurecer e mostra que sua identidade é muito clara, seja interpretando suas próprias composições, ou até mesmo ao trazer versões para o seu repertório. Tão objetiva é a capa, de aspecto clean, produzida pela Agência Salt e que representa bem o álbum.

Nota: ★★★★☆
Perfeito Amor

(CD) 01/17

(5,0/5)
Total de votos: 1

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