Ouvimos o novo trabalho da banda Khorus - Festa da Graça. Confira nossa análise

Um dos estereótipos que cercam o rock cristão, principalmente quando é referido jocosamente como "rock gospel", é o fato de que a música de alguns artistas e bandas não consegue transmitir ideias relevantes fora da caixa evangélica. Khorus é uma das melhores definições deste estigma, e com Festa da Graça, lançado quatro anos depois de O que a Fé Pode Fazer (2014), combina temáticas de autoajuda que acrescenta pouco sua obra.

A produção musical é de Mazinho Diaz, também responsável pelas execuções de piano. Seu trabalho na direção é antenado, equilibrado, e torna o álbum pouco errático em seus aspectos técnicos. A banda, por sua vez, não está bem. As vozes impostadas de Toninho Rondow e Celinho Bastos parecem apostar numa influência direta a nomes como Jon Bon Jovi, mas o máximo que alcançam é um paralelo com o monocromatismo da Malta.

Teu Favor é um dos pontos máximos da falta de equilíbrio entre musicalidade e versos. O refrão manjado "Pai, não posso viver mais sem teu amor / Ah, o que é de mim sem teu favor" é tão estéril quanto a interpretação dos músicos querem sugerir seriedade. A fórmula se repete em Fonte Inesgotável e Pra Voltar, dance-rocks que carecem de letras que garantem mais vida aos seus efeitos e loops intensos. Festa da Graça celebra o lado pop da Khorus, mas sem a mesma cor de outrora.

Avaliação: 2/5

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