Análises
Ouvimos o primeiro trabalho da banda DN1 - DN1. Confira nossa crítica
Tiago Abreu em 28/03/16 3655 visualizações
Com produção de Ruben di Souza, o primeiro álbum da DN1 dá início a discografia de mais uma nova boy band do cenário evangélico. Ao contrário de grupos do nicho que surgiram na década anterior, as músicas destes cariocas são em maior parte mais espertas, embora sigam protocolos de similares do segmento não-religioso.
O repertório contém doze faixas, sempre com uma sonoridade que esbanja muitas frases de guitarra e teclados. Há uma escolha acertada nas regravações, desde o clássico Vencendo Vem Jesus, Há Poder nas Palavras, antes registrada por Dany Grace e da mais conhecida faixa de David Quinlan, Essência da Adoração. O repertório inédito relativamente não faz feio, mas os arranjos vocais dos quatro jovens chama mais a atenção. É aí que Tanque de Betesda, com groove, aposta naquele refrão melódico grudento. Mas, dentro de tantas faixas pouco uniformes e que puxam para letras pentecostais e até mesmo congregacionais, o álbum perde um pouco a ligação com o pop e tende a ser heterogêneo demais.
A maior limitação, no entanto, é a produção musical. Ela não dá total suporte ao tipo de música que o quarteto faz. As músicas dão a sensação de que Ruben poderia ter ousado muito mais no flerte com outros gêneros, como o techno. Mesma insuficiência se encontra na captação dos instrumentos, por vezes excessivamente crus e orgânicos para uma música pop teen. Apesar da inadequação, o primeiro trabalho da DN1 traz certo frescor diante de obras do gênero ao não se propor em produzir basicamente letras românticas previsíveis.
Nota: ★★★☆☆
O repertório contém doze faixas, sempre com uma sonoridade que esbanja muitas frases de guitarra e teclados. Há uma escolha acertada nas regravações, desde o clássico Vencendo Vem Jesus, Há Poder nas Palavras, antes registrada por Dany Grace e da mais conhecida faixa de David Quinlan, Essência da Adoração. O repertório inédito relativamente não faz feio, mas os arranjos vocais dos quatro jovens chama mais a atenção. É aí que Tanque de Betesda, com groove, aposta naquele refrão melódico grudento. Mas, dentro de tantas faixas pouco uniformes e que puxam para letras pentecostais e até mesmo congregacionais, o álbum perde um pouco a ligação com o pop e tende a ser heterogêneo demais.
A maior limitação, no entanto, é a produção musical. Ela não dá total suporte ao tipo de música que o quarteto faz. As músicas dão a sensação de que Ruben poderia ter ousado muito mais no flerte com outros gêneros, como o techno. Mesma insuficiência se encontra na captação dos instrumentos, por vezes excessivamente crus e orgânicos para uma música pop teen. Apesar da inadequação, o primeiro trabalho da DN1 traz certo frescor diante de obras do gênero ao não se propor em produzir basicamente letras românticas previsíveis.
Nota: ★★★☆☆
Ouças as músicas e saiba mais sobre: DN1
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Tiago Abreu
Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.
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