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Música gospel e o estado laico – Novas movimentações da música popular brasileira

Para os que ainda criticam a participação de cantores/bancas gospel no circuito cultural em eventos patrocinados por prefeituras ou estado e não conseguem compreender essa movimentação na música popular brasileira, minhas considerações:
O estado laico está na representação da cultura do povo. No conceito de 'estado laico' vemos: "Um estado secular trata todos seus cidadãos igualmente, independente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião." A polêmica acendeu quando foram convidados a um evento de João Pessoa/PB, chamado de “Extremo Cultural”, a banda gospel Novo Som.
No mesmo evento (a programação é de um mês) estariam se apresentando Maria Gadu, Diogo Nogueira, Martinho da Vila (que falam em algumas músicas sobre figuras do culto afro brasileiro, sua fé e suas crenças). O que dizer de cantores como Roberto Carlos, que fala abertamente de sua fé em suas músicas e é um artista conceituado e respeitado (deveríamos excluí-lo dos palcos de eventos patrocinados pelo Estado?). E como não falar de Caetano, Gilberto Gil e tantos outros? (Será que não refletimos sobre nenhuma letra destes cantores?)
Na verdade, quando se reivindica o “estado laico” em situações como essa, simplesmente se nega as diferentes manifestações culturais da nossa música. (A música gospel já é reconhecida como manifestação cultural. A formalização da condição consta da Lei 12.590/2012, publicada no Diário Oficial da União). Alguns artistas da música gospel como Novo Som, Palavrantiga, Catedral, Marcela Tais, Tanlan e outros representam essa nova safra de música brasileira com raízes cristãs. Assim como a revista Billboard gringa e brasileira, que fala de música black, eletrônica, soul, funk, forró, brega e gospel. Revista IstoÉ, Veja, Globo... Simples assim, normalmente e sem distinção. Em todo o brasil, todas as rádios seculares tocam música gospel em sua programação. Quem não se lembra de Régis Danese e seu hit "entra na minha casa, entra na minha vida", com mais de 200 regravações e sucesso em todos os trios elétricos de carnaval pelo país?
Absurdo é o preconceito dos fracos que se acham pensadores...
Acho que está na hora de pesquisar antes de sair descaracterizando determinado estilo musical. Expressar a fé através da música não tem a ver necessariamente com religião. E não precisa ser um grande pensador para descobrir isso!
Deveríamos sim, estar lutando pelos direitos de compor e cantar livremente. Direitos de artistas e cidadãos brasileiros como Maria Gadu, Seu Jorge, Novo Som, Palavrantiga, Catedral, Diante do Trono e Zeca Pagodinho.
Pelo direito de pensar e expressar na música o que pensa. Independente de discordar com suas convicções religiosas ou não. Isso representa, no mínimo maturidade e respeito, coexistir com "diferentes" que a nova sociedade tanto prega.
Vamos nos despir desta hipocrisia tosca e desinformada. Música gospel é música. E merece o mesmo trato e respeito neste país, pela sua relevância e representatividade de 60 milhões de brasileiros.
Por Valmir Soul - Cantor, músico e brasileiro.
[email protected]
www.fb.com/valmirsoul
83 8888-7779
O estado laico está na representação da cultura do povo. No conceito de 'estado laico' vemos: "Um estado secular trata todos seus cidadãos igualmente, independente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião." A polêmica acendeu quando foram convidados a um evento de João Pessoa/PB, chamado de “Extremo Cultural”, a banda gospel Novo Som.
No mesmo evento (a programação é de um mês) estariam se apresentando Maria Gadu, Diogo Nogueira, Martinho da Vila (que falam em algumas músicas sobre figuras do culto afro brasileiro, sua fé e suas crenças). O que dizer de cantores como Roberto Carlos, que fala abertamente de sua fé em suas músicas e é um artista conceituado e respeitado (deveríamos excluí-lo dos palcos de eventos patrocinados pelo Estado?). E como não falar de Caetano, Gilberto Gil e tantos outros? (Será que não refletimos sobre nenhuma letra destes cantores?)
Na verdade, quando se reivindica o “estado laico” em situações como essa, simplesmente se nega as diferentes manifestações culturais da nossa música. (A música gospel já é reconhecida como manifestação cultural. A formalização da condição consta da Lei 12.590/2012, publicada no Diário Oficial da União). Alguns artistas da música gospel como Novo Som, Palavrantiga, Catedral, Marcela Tais, Tanlan e outros representam essa nova safra de música brasileira com raízes cristãs. Assim como a revista Billboard gringa e brasileira, que fala de música black, eletrônica, soul, funk, forró, brega e gospel. Revista IstoÉ, Veja, Globo... Simples assim, normalmente e sem distinção. Em todo o brasil, todas as rádios seculares tocam música gospel em sua programação. Quem não se lembra de Régis Danese e seu hit "entra na minha casa, entra na minha vida", com mais de 200 regravações e sucesso em todos os trios elétricos de carnaval pelo país?
Absurdo é o preconceito dos fracos que se acham pensadores...
Acho que está na hora de pesquisar antes de sair descaracterizando determinado estilo musical. Expressar a fé através da música não tem a ver necessariamente com religião. E não precisa ser um grande pensador para descobrir isso!
Deveríamos sim, estar lutando pelos direitos de compor e cantar livremente. Direitos de artistas e cidadãos brasileiros como Maria Gadu, Seu Jorge, Novo Som, Palavrantiga, Catedral, Diante do Trono e Zeca Pagodinho.
Pelo direito de pensar e expressar na música o que pensa. Independente de discordar com suas convicções religiosas ou não. Isso representa, no mínimo maturidade e respeito, coexistir com "diferentes" que a nova sociedade tanto prega.
Vamos nos despir desta hipocrisia tosca e desinformada. Música gospel é música. E merece o mesmo trato e respeito neste país, pela sua relevância e representatividade de 60 milhões de brasileiros.
Por Valmir Soul - Cantor, músico e brasileiro.
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