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Ouvimos o novo álbum ao vivo de Estêvão Queiroga - Nós. Confira nossa crítica

Tiago Abreu em 04/03/19 5056 visualizações

Embora o repertório seja praticamente o mesmo presente na estreia Diálogo Número Um (2016), e isso se configure como a mais difícil missão para um artista de um único álbum inédito, há novidade e consistência em Nós – Ao Vivo. Registro que capta o show acústico e imersivo de Queiroga, funciona como um complemento de seu trabalho de estreia.

Diálogo Número Um, em essência, ficou conhecido pelo artifício de musicalizar a narrativa de vida de Estêvão, uma espécie de Jornada do Herói em uma brasilidade desenhada entre as influências acústico-sertanistas (Corre Atrás do Vento) à MPB de rádio FM carioca (Se For Com Você).

A experiência ao vivo não retira qualquer aspecto que representa a essência da obra original, mas amplifica a ideia de experiência pessoal em algo universal. Seu álbum ao vivo, na superfície, retrata Estêvão voz e violão ancorado por participações inventivas, como o cativante Inovasamba (Nós), o aficionado por loops Mauro Henrique (Bom e Mau), e um público que não se excede, mas acompanha os passos de Queiroga.

O projeto mostra a habilidade do cantor na transmissão de suas ideias no canto e no argumento. Nós – Ao Vivo é repleto de um humor que capta tão bem o absurdo dos sentimentos humanos (O Preço do Amor) e ainda possui espaço para escolhas improváveis, como o cover Caçador de Mim. Quando Queiroga deixa A Partida e o Norte para o final, é uma decisão contemplativa e aberta para uma trajetória, apesar de bem amarrada como álbum, em curso enquanto vida.

Avaliação: 4/5

Nós – Ao Vivo

(CD) 01/19

(3,0/5)
Total de votos: 1

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Tiago Abreu

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), escreveu para o Super Gospel entre 2011 a 2019. É autor de várias resenhas críticas, artigos, notícias e entrevistas publicadas no portal, incluindo temas de atualidade e historiografia musical.


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