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Sexóloga cristã quebra tabus à luz da Bíblia e defende sexo oral

Angela Sirino participou do novo episódio do PodCrê

Redação em 24/10/24 32 visualizações

Sexóloga e psicanalista clínica, a pastora e escritora Angela Sirino foi a convidada do novo episódio do podcast PodCrê e resolveu quebrar vários tabus presentes no meio cristão quando o assunto é sexo. Na opinião da pastora, parte dessa visão distorcida que os cristãos têm com o tema é culpa de uma religiosidade extrema.

- A religiosidade é um mecanismo de defesa. Quando a pessoa se mostra santa demais, na verdade ela não é. Deus não é um Deus tão pesado assim e sexo é bênção dentro do casamento do jeito certo. A Bíblia fala que, quando Isaque perdeu a mãe, mandaram trazer uma esposa para consolá-lo. Eles entraram na tenda e tiveram vida sexual. No Antigo Testamento, lá em Deuteronômio 24:5 diz que “quando o homem casar, que não vá pra guerra durante um ano e faça feliz a mulher que ele tomou”. Durante um ano, era lua de mel determinada no Velho Testamento. Então, a falta de conhecimento é assustadora - destrinchou Angela.

Indo direto ao ponto, a sexóloga fez questão de mostrar à luz da Bíblia que algumas práticas vistas com certa aversão por alguns casais - como o sexo oral - podem e devem ser desfrutadas na vida a dois.

- A Bíblia fala em Cantares 4:16: “Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas. Ah! Venha o meu amado para o seu jardim e coma os seus frutos excelentes!”. Se ele sopra com a boca no jardim de delícias, já dá aquela sensação. Aí, ela vai mais adiante e diz para o amado saborear os seus frutos. Isso é sexo oral. Tem muita mulher que não tem orgasmo genital, mas vai ter orgasmo através do sexo oral e, quando ela chega ao ápice com o primeiro orgasmo, ela automaticamente fica inchada com a genitália latejando. Quando o marido penetra, o prazer dela vai para o segundo orgasmo que é o melhor de todos e ela também passa a dar mais prazer para o marido - explica.

Em relação ao sexo anal, Angela explica que ele pode relaxar o ânus e acarretar uma doença chamada endocardite bacteriana, que é um tipo de infarto causado por uma bactéria, além das questões psicológicas envolvidas.

- Biblicamente é deixar o uso natural da mulher. O uso natural foi feito para ser o encaixe perfeito e aí vem a parte da sodomia, que não é aquela interpretação que a grande maioria fala. Sodomia é perversão sexual usando o aparelho excretor - resume a pastora.

ANGELA SIRINO REVELA O MAIOR PROBLEMA ENTRE OS CASAIS
Com mais de 20 anos de experiência na área, Angela Sirino ainda aponta que o maior problema entre os casais é a falta de comunicação. Ela afirma que falta conhecimento da bênção da sexualidade que, muitas vezes, não é vivida devido a crenças limitantes.

- Às vezes, a mulher aprendeu que ela não pode falar na hora do sexo ou dar um gemidinho e ela trava e, consequentemente, a vida sexual fica ruim. Talvez o marido aprendeu a vida inteira que sexo é para ter filho ou quando ficou rapaz, o pai o levou a um bordel. Esse homem não vai saber o que é importante para tocar a esposa ou fazer uma preliminar para a esposa se sentir amada.

Angela Sirino também respondeu a uma questão muito pertinente na vida sexual: a mulher tem que estar sempre à disposição do marido?

- Ela não precisa estar sempre à disposição, mas quando a mulher gosta, ela faz por prazer mesmo quando ela não quer. A mulher, por não gostar de ter relação com o marido, ela se sente usada e isso é uma crença limitante. Aí, a pessoa já vai para a intimidade se sentindo usada - afirma.

Ainda sobre esse assunto, a pastora aproveitou para explicar o que realmente é ser uma mulher submissa ao marido.

- Submissão é estar debaixo de uma missão. Na minha casa, eu e meu marido temos a missão de construir uma família saudável, equilibrada e feliz dentro dos princípios que acreditamos que são os princípios cristãos. Muitas vezes, as pessoas colocam a caixinha da submissão como uma escravidão às mulheres, principalmente em denominações mais religiosas. Mas, na verdade, elas não são submissas, elas jogam os filhos contra o marido, elas só estão ali porque não aprenderam a ser independentes, não trabalham fora, dependem financeiramente do homem. Então, elas ficam debaixo de uma relação jogando pai contra filho e vice-versa. Mas quando a gente entende a nossa missão no lar, isso é libertador - finaliza.

Angela Sirino é casada com o empresário Osmildo Sirino Rosa e os dois são pais de três filhos. Autora de livros sobre família e sexualidade, ela é fundadora do Instituto Fazendo a Diferença, que tem a missão de transformar a vida de mulheres com fundamentação bíblica.

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