Análises

Thalles lança disco com mistura de ritmos e muita inovação

Tarcísio Wallace Sant’Anna em 21/04/10 24771 visualizações
Membro da Igreja Batista da Lagoinha, Thalles, que já passou por algumas bandas seculares, hoje é evangélico e revela-se a maior revelação do cenário gospel dos últimos anos.

Com uma bela voz, mistura de ritmos e um estilo musical único, Thalles promete ser um dos revolucionários da nova fase que a música gospel passa.

Indicado na época por André Valadão, entre outras pessoas, Thalles conheceu Mauricio Soares (hoje diretor executivo da Sony Music), que lançou ele na música gospel nacional, com o cd Na sala do Pai, lançado em dezembro de 2009 pela Graça Music, que fez um belo trabalho de divulgação.

Não existe uma palavra ao certo, que possa descrever a beleza e a peculiaridade deste trabalho, só realmente ouvindo, que podemos perceber o talento do cantor, diferente de tudo, eu disse de tudo, o que existe hoje no mercado evangélico atualmente.

A capa do álbum é um show á parte! Moderna e arrojada no melhor estilo Digipack, e a poesia das letras, pode chegar a levar o ouvinte, a um “vício santo” de ouvir o albúm em um primeiro momento.

Aqui, eu farei uma limitada análise deste disco, mas com certeza, as minhas palavras não irão ser o suficiente para descrever o que este trabalho representa para quem curte música gospel, com uma qualidade musical acima do padrão.

Arde outra vez começa em um estilo MPB, e já demostra a beleza da voz do cantor no início da canção. A letra da canção, de extrema criatividade, fala de arrependimento pelos pecados passados, e pede um renovo espiritual. Em seguida, o ritmo da canção fica mais rápido e cativante, mudando o instrumental por completo, com Deus respondendo o pedido. Logo após, a canção volta ao seu estilo inicial. Canção inovadora!

Pela graça vem em um estilo pop-rock, com rifs de guitarra e uma musicalidade parecida com a que vemos na banda secular J. Quest, como algumas pessoas já chegaram a comentar. Muito bacana também!

Ele é contigo já vem em um estilo black music, e vem com a participação especial de Marcos Kinder, amigo do cantor. “Ele é contigo, onde você estiver, ele é abrigo, seu amigo, Deus provedor, pode confiar”, diz um trecho da canção.

Deus do impossível explora ainda mais a capacidade da voz do cantor, e vem no melhor estilo acústico, fala das situações difíceis, e que só Deus pode resolver tais situações, que se os nossos problemas são grandes, Deus é bem maior. A música pode levar o ouvinte ás lágrimas!

Deus da minha vida explora efeitos eletrônicos, evoluindo para o rock no refrão da canção. É incrível como a canção emociona os ouvintes, pela beleza da letra, com uma poesia única.

Deus da força explora o black music novamente, mas com uma pegada mais pesada, uma ótima interpretação e belas firulas. Fora o instrumental que também arrebenta, alías, em todas as canções o instrumental está maravilhoso.

“Eu sinto falta da Sua voz, me chamando pra entrar, eu sinto tanta saudade, de caminhar contigo, saudades do meu amigo, saudades do meu Pai” – Casa do Pai é uma canção que leva ao arrependimento pessoas que estão afastadas e querem uma nova chance. O ritmo com o violão é cativante, explorando mais uma vez o acústico. Quando eu coloquei a canção para um amigo meu ouvir, foi notório um arrependimento, com os olhos dele cheios d’água, e visivelmente emocionado.

Amor maravilhoso, como o próprio nome da canção diz, fala do amor de Deus, em um ritmo bem americanizado e moderno.

Quero aprender com Jesus versa sobre cumprirmos os mandamentos do Pai, perdoarmos e vivermos o amor. Fala também sobre amarmos a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmo, e nos importarmos com a dor de nossos irmãos, vivendo o amor, e vivendo para amar. O acústico novamente vem com força nesta música que tanto toca e trata as nossas vidas.

Águas que saram é uma das mais lentas do repertório, porém depois evolui para algo mais forte. Fala sobre vermos os milagres e as maravilhas do Senhor. É uma música que clama pelo rio de Deus. A música é uma preparação para a canção seguinte.

Em ritmo de capoeira, Quero as águas foi a primeira música de trabalho, e fez o cd vender mais de 30.000 cópias, antes mesmo de ser lançado. Música de ótimo gosto e que mostrou o potencial de Thalles para o mercado fonográfico.

Tudo que sonhei fala que podemos conseguir e alcançarmos tudo aquilo que sonhamos, porém, que nada disso valerá se não vivermos para Jesus.

Eu tenho um Deus explora o teclado em uma pegada bem parada, e disserta sobre a soberania, graça e poder de Deus.

Não pare, não vem como uma balada, e é uma música que encoraja o ouvinte a estar firme em Deus e não parar em meio ás tempestades da vida. A inclusão de uma voz feminina dizendo “Nã, nã, nã, não pare” deixa a música com um tom muito bem humorado. O coro que acompanha o cantor também fez uma interpretação excelente.

Em uma época de músicas tão saturadas, já exploradas, ou até mesmo, com temas bastante batidos e usados, Na sala do Pai, chega como uma renovação e revolução, e mostra para todos, que podemos explorar bem mais a poesia e os estilos musicais.

Para quem busca novidade, limpe os seus ouvidos de tudo o que você já ouviu na música gospel, e experimente ouvir, e até mesmo divulgar este cd, que revela-se o melhor lançamento dos últimos anos.

Até o próximo review!
Na Sala do Pai

(CD) 01/09


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Tarcísio Wallace Sant’Anna

Nascido em 04/04/1989 em Nova Iguaçu, Tarcísio Wallace Sant'Anna reside na cidade de São João de Meriti (RJ), e trabalha desde 2008 nas mais diversas ferramentas digitais na web, para a área de música gospel. Apreciador de música gospel, o jovem é eclético.


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