Análises

Andando na luz (Heloisa Rosa)

Márcio Heck em 06/11/06 20259 visualizações
A espera terminou e finalmente tenho em mãos um dos discos mais aguardados do ano, no contexto do louvor e adoração no Brasil. Heloisa Rosa e banda lançam seu segundo álbum, pouco tempo após terem participado do ótimo disco “Unção que Une”, em parceria com o Ministério Irineu Grubert (Atmosfera da Adoração), onde poderia se prever elementos que certamente estariam - e estão - neste novo disco, que você pode conferir nesta resenha.

Despojados de qualquer marketing forçado ou mídia especializada, percebe-se claramente que Heloisa Rosa e equipe não estão preocupados em agradar ou serem agradados, mas prezam pelo melhor em diversos aspectos, principalmente pela sinceridade tanto para com Deus como para o público.

Diferente do que se ouve por aí em termos de gospel, este novo disco, “Andando na Luz”, que já começa bem pela bela capa e encarte, traz um refresco auditivo. As letras estão mais profundas e meditativas que no primeiro álbum “Liberta-me” e continuam sempre embasadas na Palavra de Deus. Se comparado ao primeiro CD, musicalmente são semelhantes, com as mesmas influências do pop/rock britânico (Delirious, U2). Porém, este novo trabalho traz ainda mais elementos alternativos e guitarras bem mais presentes.

A primeira música,“Estou Livre”, e a segunda, “Se andarmos na luz” - baseada em I João 1:10, falam abertamente sobre a libertação dos nossos pecados pelo sangue de Jesus na cruz, tema bastante enfatizado pela Heloisa no decorrer das canções.

A simplicidade e criatividade nos arranjos é característica do grupo. A produção dá destaque à voz perfeita de Heloisa. O baixo pulsante tocado por Felipe Vieira, as guitarras muito bem trabalhadas pelo Josias, bateria por Lucas Fonseca e Marcos Almeida nos teclados, sempre com bons timbres, criam um ambiente propício para se refletir nas mensagens cantadas. Com este ambiente temos a faixa três, “Há um Lugar”, uma das poucas onde o violão da Heloisa aparece.

A música “Lindo Jesus” é umas das mais gostosas de se ouvir, trazendo teclados (pianos) e guitarras lado a lado na abertura e interlúdios. Sua letra ressalta o exemplo de vida que foi a de Cristo, e que devemos imitá-lo. (I Cor 11:1, Efésios 5:1)

Os primeiros toques de bateria da canção “Pai” nos remetem à introdução de “Lugar de adoração”, do primeiro álbum. Aliás, vários momentos do disco trazem acordes e elementos usados no outro disco.

Seis da Tarde” traz uma reflexão. Fala sobre o estado que nos encontramos perante Deus, até nos dispormos a ouvi-lo e nos rendermos perante Ele.

A belíssima canção “Perfeito”, faixa sete, é a mesma lançada no disco “Unção que Une”. Fala sobre a soberania de Deus. Enfim, dispensa maiores comentários.

A faixa oito, “Sacrifício”, expressa toda rendição em adoração a Deus que devermos oferecer. A canção seguinte, “Cruz” traz a letra mais forte e profunda do disco. É baseada em Gálatas 2:20 e Romanos 6:11: negarmos a nós mesmos e não a Deus, estando mortos para o mundo e para nós mesmos.

Finalizando o disco, “Quero Dançar” é uma canção mais rápida e menos introspectiva, mas que expressa o desejo de ver a Deus. Seu instrumental é uma das que traz muitos elementos usados pela banda U2.

É um lançamento altamente indicado para quem procura um som atual, contemporâneo, muito bem feito e também preza por boas letras e edificação espiritual. Enfim, esse disco já tem espaço garantido na minha lista dos cinco melhores do ano.
Andando na luz

(CD) 01/06


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